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‘Vou tentar vir embora o mais rápido possível’, diz funcionário de empresa de ônibus de BH para ver jogo do Brasil

Serviços essenciais funcionam com escala especial e trabalhadores não poderão acompanhar estreia da seleção. Vista do Estádio Nacional de Lusail, onde seleção brasileira estreia contra a Sérvia na Copa do Mundo
Kirill Kudryavtsev/AFP
Pode ir se preparando porque é nesta quinta-feira (24) que a seleção brasileira entra em campo contra a seleção da Sérvia. A partida começa às 16h, no horário de Brasília, e o que não falta são moradores de Belo Horizonte que fazem planos para acompanhar a estreia do futebol do nosso país na Copa do Mundo.
A bola rolando acelera o batimento cardíaco de muita gente. São vários os elementos que emocionam: a transmissão, a emoção do narrador, a torcida unida e cantando empenhada, empurrando o time. A paixão pelo esporte domina o coração de quem vive por aqui.
Tem gente que vai encarar toda essa palpitação trabalhando. É isso mesmo, já dizia a sabedoria popular das mães: “Você não é todo mundo”. Exemplos claros são os motoristas de ônibus. Para não tirar a atenção do trânsito ou acompanhar a escala e as demandas na garagem, não é possível nem dar uma olhadinha para a televisão.
Ricardo Pereira dos Santos, de 39 anos, é auxiliar de tráfego em uma das empresas que prestam serviço no transporte coletivo de BH. Trabalha de segunda à sábado, das 8h às 16h20. Na estreia do Brasil, não vai ser diferente.
“Vou tentar vir embora o mais rápido possível para pegar a metade ou o final do primeiro tempo”, afirmou.
Ricardo conta que tem um rádio ligado na empresa e vai tentar ouvir os lances. O objetivo dele é acompanhar cada momento desse primeiro jogo. Otimista, ele arrisca a vitória elástica do Brasil, por 3 a 1, com gols de Vinicius Júnior, Antony e Neymar.
“Em uma Copa do Mundo, só por estar lá, o jogador quer ‘dar a vida’ dele. O cara quer mostrar algo a mais”, disse.
O clima de Copa do Mundo está em alta na casa do Ricardo
Acervo Pessoal
A paixão pelo esporte, ele divide com a família. Em casa, a esposa e os filhos de 4 e 9 anos não demoraram a entrar no clima. Todo mundo na frente da TV até Ricardo chegar em casa. O que não dá para esperar é a torcida pela bola na rede.
Opinião de técnico
José Carlos Leôncio (de chapéu) treina equipe do Arsenal, no bairro Águas Claras, em BH
Acervo Pessoal
Na mesma empresa, quem não teve essa chance, foi João Carlos Leôncio, de 65 anos. Também auxiliar de tráfego, ele chega no trabalho às 16h, bem na hora da partida.
“Dessa vez, não vai ter jeito não”, contou. Ele já aceitou que não vai assistir à partida.
Mais conhecido como Leôncio, ele disse que é treinador de uma equipe de futebol de várzea do bairro Águas Claras, na Região do Barreiro, o Arsenal. O futebol é uma paixão de longa data na vida dele. Por isso, decidiu ser mais precavido.
“Vai ser jogo duro. Se o Brasil bobear, não consegue não. Eu acredito que vai ganhar, mas não vai ser goleada não. Acho que vai ser 1 a 0 ou 2 a 1”, afirmou.
Em caso de vitória com dois gols, ele acredita que os tentos serão marcados Vinicius Junior e Lucas Paquetá.
Mais ou menos otimista, o importante é que, até a última atualização desta reportagem, todos torciam pela vitória da seleção brasileira.
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