Rogério Corrêa projeta 2026 do Grêmio Prudente e diz que eliminação “vai doer por um bom tempo”

Grêmio Prudente é eliminado da Copa Paulista nos pênaltis em jogo emocionante
Dois dias após a eliminação do Grêmio Prudente na semifinal diante do Primavera, nos pênaltis, o técnico Rogério Corrêa concedeu entrevista coletiva, fazendo uma projeção do futuro da equipe em 2026 e voltando a citar a dor da queda na Copa Paulista.
O Carcará venceu na ida por 1 a 0, e no segundo jogo foi derrotado pelo time de Indaiatuba por 2 a 1. A decisão foi para as penalidades, e a equipe saiu derrotada por 5 a 4, dando adeus ao sonho de ter um calendário nacional em 2026.
Após o pronunciamento do presidente do clube, André Garcia, confirmando o técnico no cargo para a próxima temporada e garantindo a permanência de 50% do elenco, o treinador iniciou avaliando a boa postura da equipe contra o Fantasma, mas entende que “tudo aconteceu como tinha que acontecer”.
– Acho que ainda vai doer por um bom tempo, porque quando você está com tudo na mão, e tudo o que aconteceu nos dois jogos. Ao final da partida, parabenizei todos os meus atletas pela coragem, por tudo o que fizeram na competição, e não só naquele jogo. Jogar na casa do adversário, criar as oportunidades que criamos, conseguir o resultado que nos manteria vivos até o final, levar para os pênaltis, tudo isso é de se valorizar.
– Dói porque ficamos próximos de entrar para a história do clube, de levar o time a uma divisão nacional que a gente sabe o quanto é importante. O clube já tem cinco anos chegando nessas fases finais, e o quanto isso seria importante nesse momento, não só dentro de campo como fora. Mas acredito que tudo aconteceu como tinha que acontecer. Às vezes a gente não entende o porquê. Agora é buscar o que podemos melhorar. Já iniciamos esse trabalho com a comissão técnica e a diretoria sobre reforços, saídas e permanências para fortalecer ainda mais e dar continuidade ao trabalho – disse.
Rogério Corrêa, técnico do Grêmio Prudente
Murilo Aguilar/Grêmio Prudente
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Com o fim da participação na Copa Paulista, a equipe de Presidente Prudente não joga mais este ano e começa a construir o planejamento da próxima temporada.
O comandante revelou já ter adiantado algumas conversas com sua comissão e a diretoria, afirmou precisar de um descanso, mas ressaltou que deseja começar a pensar o futuro do Grêmio o quanto antes.
– Já fizemos uma reunião com a comissão técnica, junto com a diretoria. Levamos até eles a ideia de planejamento: quem fica, quem sai. Esse é o momento complicado, porque precisamos analisar bastante os dados, ver tudo o que aconteceu durante a competição para, justamente, não errar. Precisamos ter um plantel muito forte para as competições que vêm pela frente.
– Acho que isso já foi adiantado. Agora, vamos descansar duas semanas, o que é importante. Nesses quatro meses aqui, dormi pouco, descansei pouco. Procurei dar o meu máximo, como sempre falo para os atletas. Depois dessas semanas, vamos ter mais reuniões com a comissão técnica e avaliar a situação da reapresentação. Já bati um papo com a diretoria também, para tentar começar o quanto antes. Sou um cara que gosta de trabalhar bastante, ainda mais agora que vamos ter um centro de treinamento. Vamos poder aproveitar bastante isso também para desenvolver os atletas e fazer com que todos busquem o seu máximo – declarou.
Rogério Corrêa, técnico do Grêmio Prudente em treino
Murilo Aguilar/Grêmio Prudente
Um dos principais objetivos do Carcará é chegar à elite do campeonato estadual. Neste ano, o time deixou a desejar em sua campanha, amargando um jejum sem vitórias nas últimas cinco rodadas da primeira fase e ficando na nona posição, com 20 pontos. O time era comandado por Sérgio Guedes, já que Corrêa chegou ao clube para a disputa da Copa Paulista.
Questionado sobre o que esperar da próxima edição da Série A2, o treinador prevê uma competição ainda mais difícil, exigindo maior investimento das equipes e contratações com diversas características. Ele também lembrou da dificuldade enfrentada nas longas viagens do Grêmio para enfrentar os adversários.
– Acho que vai ser a mais difícil. Os clubes que caíram, os que subiram ou que se mantiveram na divisão, todos devem ter um poder grande de investimento. Dentro do que vivi esse ano na Série A2, vejo que é preciso ter um plantel muito forte. Vamos precisar de algumas características diferentes: força, velocidade, capacidade de ganhar duelos. Serão jogos diferentes, e precisamos estar preparados.
– Creio que o Grêmio Prudente também teve essa mesma dificuldade: viagens longas. É um ponto que comentamos com a diretoria. É difícil sair daqui e viajar cinco, seis horas para jogar. Temos que ser bem assertivos nas peças que vão chegar e nos que ficaram também. Eles precisam trabalhar e melhorar mais, porque a A2 fica mais difícil a cada ano. Precisamos pontuar bastante. Acho que teremos um elenco muito forte e, mesmo agora, de férias, o telefone já está tocando, empresários mandando mensagem. O clube é muito organizado, tem um departamento de saúde que cuida disso, de buscar esses atletas. Temos um debate diário com a diretoria e o departamento para garantir a assertividade nas contratações – explicou.
Reforços
Como parte do processo de montagem do plantel, o Carcará deve passar por mudanças no grupo. Apesar da permanência de mais da metade do elenco, Rogério Corrêa cita que o time necessita de seis a oito contratações, mas optou por não detalhar em quais posições, por respeito aos jogadores que ainda não foram comunicados de suas saídas.
– Sobre o elenco acho importante destacar a competição que fizemos. Ter mais de 50% dos atletas mantidos mostra que foi um trabalho assertivo. Claro que fica a tristeza por não chegar na final e cumprir o objetivo, mas é algo positivo. Saímos na frente de muitos clubes que não disputaram a Copa Paulista e agora vão entrar no mercado, que está cada vez mais competitivo e caro.
– Acho que devemos trazer de 6 a 8 atletas. E não vamos fazer loucura no mercado. Já temos uma base, e o importante agora é ser bem assertivo nas peças. Sobre posições, prefiro não falar neste momento, por respeito aos que ainda estão aqui. Alguns ainda serão comunicados que não vão permanecer. Mas, se for para citar um setor, seria o ataque. Precisamos buscar jogadores de lado, com velocidade. A divisão pede isso. Precisamos ter quatro ou cinco atacantes de lado, porque teremos jogos domingo e quarta, muitas viagens. Vamos fazer de tudo para evitar lesões, e isso exige muita rotação. Nosso ataque vai precisar ser reforçado com precisão – concluiu. geRead More