Israel intercepta barcos de ativistas que se dirigiam para Gaza
Greta Thunberg aparece em vídeo divulgado por Israel após barcos serem interceptados, em 1º de outubro de 2025
Ministério das Relações Exteriores de Israel
Israel interceptou nesta quarta-feira (1º) barcos de ativistas que navegavam em direção à Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores israelense publicou um vídeo em que a ativista Greta Thunberg aparece recebendo água. Veja abaixo.
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A flotilha, chamada Global Sumud, é formada por ao menos 44 barcos civis com cerca de 500 pessoas. Os organizadores dizem que o grupo está transportando ajuda humanitária para Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel associou as embarcações ao grupo Hamas. Em um post no X, o órgão disse que vários barcos foram parados e que os passageiros estavam sendo levados em segurança para um porto israelense.
“Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis”, publicou.
O governo de Israel não informou quantos barcos foram interceptados. O g1 entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel e aguarda retorno.
Até a última atualização desta reportagem, pelo menos 20 barcos seguiam em direção à Faixa de Gaza, segundo a agência Reuters. Por volta das 16h desta quarta-feira, no horário de Brasília, os ativistas afirmaram que estavam a menos de 150 km do território palestino.
Em uma rede social, a Global Sumud confirmou que dois barcos foram interceptados, no que chamou de chamou a ação ilegal e “ataque israelense”. Segundo o grupo, câmeras de monitoramento das embarcações foram desligadas.
Os ativistas declararam ainda que os demais barcos continuariam navegando rumo à Gaza apesar dos pedidos de Israel de interromper a viagem.
O governo israelense informou que a Marinha alertou a flotilha sobre a aproximação a uma zona de combate ativa, pedindo para que os ativistas mudassem a rota. Segundo Israel, foi oferecida mais de uma vez ao grupo a possibilidade de transferir ajuda humanitária por canais seguros até Gaza.
Flotilha
Barco da Global Sumud navega perto da ilhota Koufonisi, na Grécia, em 26 de setembro de 2025
REUTERS/Stefanos Rapanis
O grupo de ativistas iniciou a viagem em 31 de agosto, partindo de Barcelona, com a intenção de chegar a Gaza na quinta-feira (2).
Nas últimas semanas, Itália e Espanha mobilizaram navios de guerra para eventuais resgates ou ações humanitárias, mas deixaram de acompanhar a flotilha quando ela estava a menos de 300 km de Gaza.
Nesta quarta-feira, Itália e Grécia enviaram um comunicado a Israel solicitando que os militares não ataquem os ativistas.
Ao mesmo tempo, os dois países pediram à flotilha que toda a ajuda fosse entregue à Igreja Católica, que seria responsável por encaminhar os itens até Gaza — algo que já havia sido rejeitado pelos ativistas.
Em junho, forças navais israelenses detiveram Greta Thunberg e outros 11 tripulantes de um pequeno navio da chamada Flotilha da Liberdade, também enquanto se aproximavam de Gaza.
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