Veja bastidores da semana de mobilização no Inter para voltar a vencer e se afastar do Z-4

Inter pede ajuda da torcida para se afastar da zona de rebaixamento
Com duas derrotas consecutivas e proximidade perigosa com a zona de rebaixamento, o Inter vive momentos decisivos na temporada. Em meio ao cenário turbulento, o clube iniciou uma série de ações para mobilizar elenco e torcida antes do confronto de domingo com o Atlético-MG, no Beira-Rio.
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Em 15º lugar com 35 pontos, o Inter tem apenas quatro de diferença para o Vitória, primeiro time dentro da zona de rebaixamento. Além da falta de resultados – tem um vitória nos últimos quatro jogos –, as atuações ineficientes também preocupam o torcedor.
Na tentativa de recuperação, a direção reconheceu o momento delicado e tentou transformar a pressão em combustível para reação. O clube convocou torcida, colocou o presidente para dar explicações e admitiu buscar ainda mais motivação no vestiário.
Alessandro Barcellos fala sobre momento anímico do Inter no Brasileirão
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Reunião após derrota
A primeira medida foi interna. Ainda no sábado, após a derrota para o Fluminense, o presidente Alessandro Barcellos reuniu elenco, comissão técnica e departamento de futebol para uma conversa no vestiário.
– É difícil, mas é necessário. Tudo que é falado aqui fora pode ter certeza que é falado lá dentro (no vestiário). Cobramos muito quando tem que cobrar e isso não é desmobilização de grupo nenhuma. Passamos a confiança quando tem que passar e quando achamos que é o momento de estar junto. Esse é o momento de confiança – afirmou Barcellos.
“Acredito na recuperação porque acredito no trabalho” cita Barcellos, presidente do Inter
Já na coletiva após a partida no Maracanã, o técnico Ramón Díaz falou em recuperar a parte anímica. O treinador destacou que o foco dos trabalhos da semana seria retomar a postura competitiva.
– O que gostaria é que a equipe recuperasse o ímpeto, determinação, coragem. Me parece que não tem encontrado atitude para encarar este tipo de jogos. É o que mais trabalharei nesta semana: o anímico. Espero que tenhamos outro tipo de atitude – afirmou Ramón.
Convocação e coletiva do presidente
O Inter também lançou campanha para lotar o Beira-Rio no duelo contra os mineiros com promoções de ingressos. O clube promoveu gratuidade de acesso para sócios e redução de valores para público geral.
– Esse torcedor que nunca nos abandonou vai fazer a diferença nessas últimas oito rodadas. É hora de somar esforços – ressaltou Barcellos.
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Na terça-feira, a comissão técnica abriu parte das atividades para a imprensa no CT Parque Gigante e, após o treino, o mandatário colorado concedeu coletiva coletiva, admitiu o mau momento e convocou a torcida.
– Nunca estivemos em uma situação tão difícil quanto essa. Isso é verdade e faz com que tenhamos que buscar essa sinceridade. E essa humildade de pedir o apoio do torcedor. Mas por razões que não quero que fique parecendo desculpas, não vou fazer um discurso de avaliação dos porquês. Mas o cobertor é curto, é um fato – admitiu.
Visita de ídolo e crença em trabalho
O ambiente também ganhou um reforço simbólico. Bolívar, bicampeão da Libertadores pelo Inter, visitou o CT e conversou com atletas. A presença do ídolo foi vista como apoio no momento turbulento.
– Não é a primeira vez que ele nos visita, mas é simbólico, porque o Bolívar veio aqui trazer o seu apoio nesse momento difícil como um grande colorado, um grande capitão, é muito importante para nós – comentou Barcellos.
“General” Bolívar visitou o treino do Inter durante a semana
Ricardo Duarte/ Internacional
O ex-jogador foi recepcionado por D’Alessandro, companheiro de longa data no Colorado e atual diretor esportivo do clube, além de José Olavo Bisol, vice-presidente de futebol.
Com oito jogos restantes, a direção admite que o planejamento não saiu como esperado, mas aposta na união entre clube e torcida para voltar a vencer e afastar de vez qualquer preocupação com a parte de baixo da tabela do Brasileirão.
– Acredito no trabalho. Mesmo com dificuldades, vejo compromisso dos jogadores e da comissão. Nosso papel é dar confiança para que isso se reflita dentro de campo – concluiu Alessandro Barcellos.
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