Da base ao profissional: como Felipão atuou nos bastidores do Grêmio em 2025
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Luiz Felipe Scolari se tornou o principal conselheiro do Grêmio em 2025. O ex-treinador e agora coordenador técnico de 77 anos exercitou sua influência de ídolo e profissional experiente ao longo dos últimos seis meses. Da base ao futebol profissional, são poucos os funcionários que não tiveram um “papo cabeça” com Felipão.
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Como fez questão de deixar claro na chegada ao clube, em 29 de abril, Scolari respeitou o espaço de Mano Menezes. Conversou com atletas, em grupo e individualmente, com a anuência do técnico, mas nunca chegou a palestrar antes dos jogos.
Com o técnico, trocou ideias sobre futebol e manteve boa relação. Tanto que defende abertamente a permanência do treinador para 2026.
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Felipão faz balanço do ano do Grêmio e fala sobre permanência do Mano Menezes
Uma das primeiras conversas individuais que Felipão teve foi com Pavon. Os dois trabalharam juntos no Atlético-MG, e o atacante argentino enfrentava um dos piores momentos com a torcida gremista.
O coordenador técnico também foi ouvido nas contratações. Avalizou, por exemplo, a chegada de Alex Santana, seu jogador no Athletico-PR, que chegou por empréstimo do Corinthians até o fim deste ano.
Ao lado de Mano, Felipão pediu a renovação de contrato de Edenilson, volante que julga útil para o time, apesar das críticas dos torcedores.
Felipão abraça Paulo Pelaipe, futuro executivo de futebol do Grêmio, na Arena, antes de jogo contra o Cruzeiro
Rafael Favero / ge.globo
O experiente profissional trabalhou de forma bastante próxima a Fernando Lázaro, coordenador do setor de Análise e Desenvolvimento do Departamento de Futebol e responsável pelo setor de scouts. Felipão acompanhou números dos jogadores monitorados no mercado e dos times que o Grêmio enfrentou.
Pitacos na base
Figura frequente nos jogos das categorias de base no CTF Hélio Dourado, em Eldorado do Sul, Felipão avaliou aspectos técnicos e táticos dos times de formação. Opiniões eram transmitidas em reuniões com gestores do setor e o executivo de futebol do clube, Luis Vagner Vivian.
Felipão acompanha jogo do sub-20 do Grêmio acompanhado de Fernando Lázaro
Angelo Pieretti / Grêmio FBPA
A “tacada do ano” de Felipão foi a promoção de Riquelme. O meia era observado por ele na base e acabou chamado de última hora para substituir Amuzu entre os relacionados para a partida contra o Sportivo Luqueño, pela Sul-Americana. O ganês, segundo o clube na ocasião, precisou ser cortado em função de uma virose.
O Grêmio atuou com reservas, Riquelme entrou no segundo tempo e fez o gol da vitória na Arena. Em discurso no vestiário depois da partida, Felipão utilizou o exemplo do garoto para dizer aos jogadores ficarem atentos às oportunidades. O jovem meia foi promovido e, ao todo, fez 12 partidas na temporada pelo profissional.
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Pressão institucional
Por fim, o Grêmio tentou explorar o lado institucional de Felipão. Como ex-técnico da Seleção Brasileira, a direção entendeu que tê-lo era um facilitador para abrir portas na CBF.
Em maio, Scolari acompanhou o presidente Alberto Guerra em reunião com o presidente da comissão de arbitragem, Rodrigo Cintra. Na ocasião, foram feitas reclamações contra a arbitragem de jogo contra o CSA, quando o Grêmio foi eliminado na 3ª fase da Copa do Brasil.
Felipão, Guerra e o presidente da FGF Luciano Hocsman em reunião com Rodrigo Cintra
Rafael Ribeiro / CBF
Após o Gre-Nal 448, em setembro, o coordenador técnico incentivou o presidente Guerra a se posicionar contra o que considerou erros de arbitragem no clássico. O Inter teve três pênaltis a favor.
Conforme a súmula da partida, Felipão xingou o árbitro Marcelo de Lima Henrique no intervalo e no fim do jogo. “Você é ladrão, me roubou, enfiou a faca no Grêmio e girou”, disse Felipão, segundo relatado.
A 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu Felipão com 30 dias de suspensão. Porém, o clube conseguiu efeito suspensivo até ele ser julgamento pelo pleno do tribunal, o que ainda não tem data para o ocorrer.
Felipão acompanha coletiva do presidente Alberto Guerra após o Gre-Nal 448
Rafael Favero/ge.lobo
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