Do sonho à conquista #2: a temporada em que o Espectros entendeu que podia ser campeão
João Pessoa Espectros, do sonho à conquista: a temporada perfeita!
Depois de duas temporadas consecutivas chegando perto do topo, 2015 começaria diferente para o João Pessoa Espectros. Era como se a equipe carregasse uma maturidade construída à base de frustrações, ajustes e convicção. E, quando o ano começou, ficou claro que havia algo especial no ar.
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A trajetória daquele elenco seria marcada por vitórias em sequência, atuações dominantes e um nível de execução que o Brasil inteiro ainda não tinha visto. Jogo após jogo, os Espectros se afirmavam como um dos times mais fortes do país — e como um grupo que sabia até onde podia chegar. O wide receiver Vitor Ramalho, um dos líderes daquela geração, resume o sentimento que movia a equipe naquele momento.
João Pessoa Espectros x Coritiba Crocodiles, em 2015
Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb
Vimos que tínhamos potencial de conquistar o Brasil. Todo o time de 2012 sempre teve vontade de colocar o nome no topo”.
O ano ganhou ainda mais força na final da Superliga Nordeste, quando o Espectros venceu o Recife Mariners na Arena Pernambuco, em um dos jogos mais emblemáticos daquela fase. Não era apenas mais um título regional. Era o prenúncio de algo maior. A confirmação de que o time estava pronto para competir, e vencer, em qualquer palco. Do ponto de vista estrutural, 2015 também marcou avanços decisivos. O técnico Brian Guzman lembra que a grande virada estava na continuidade e na organização.
— O elenco mudou muito pouco de 2014 para 2015. A mudança mais significativa foi, pela primeira vez, trazermos um jogador estrangeiro. Essa foi a principal mudança. Fora de campo, pela primeira vez teve uma comissão técnica estruturada, que ajudou bastante — comentou.
Brian Guzman e Diego Aranha
Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb
Enquanto o ataque, comandado pelo quarterback Rodrigo Dantas, vivia um dos seus momentos mais eficientes, a defesa mostrava um nível de solidez que daria sustentação à campanha inteira. Nos bastidores, o ambiente era de seriedade absoluta. Ninguém esquecia o peso de 2013 e 2014.
Eram derrotas que ainda ecoavam, mas agora funcionavam como gasolina. Era uma equipe pronta para provar, para si e para o país, que estava no topo. O kicker Diego Aranha, que vivia sua melhor fase técnica, reforça como aquela confiança cresceu ao longo dos anos.
— A gente sempre teve noção de onde podíamos chegar. Fizemos um 2013 muito bom. Perdemos para o Croco, mas ali foi um ano que dizíamos que poderíamos estar jogando até hoje, que não venceríamos. Fomos melhorando o nível — afirmou.
Rodrigo Dantas em ação pelo João Pessoa Espectros
Anderson Silva / João Pessoa Espectros
Naquele ponto, o Espectros já carregava o respeito de adversários de todos os cantos do Brasil. Mas o objetivo era claro desde o primeiro treino do ano: chegar à final. E dessa vez, sair dela campeão. Era uma convicção interna, quase uma promessa entre todos que vestiam preto e vermelho. Invicto, ajustado, completo.
Assim o Espectros chegaria ao maior desafio da sua história. Um time que, tecnicamente e emocionalmente, estava alinhado em todos os detalhes. O próximo capítulo viria no Almeidão. Com casa cheia, história acumulada e a chance de, enfim, transformar anos de busca em glória nacional.
Nunca passou na nossa cabeça de que não ganharíamos. Era sempre corrigir o erro e ser campeão dentro de casa, com o apoio da nossa torcida”.
Estádio Almeidão foi o palco da final
Matheus Aquino/ge
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