Caso de exploração clandestina de camarote vai à Comissão de Ética do São Paulo
Áudio revela esquema de diretores do São Paulo para venda ilegal de camarote
O presidente Julio Casares, depois de uma reunião com aliados políticos nesta terça-feira, enviou uma carta a Olten Ayres, presidente do Conselho Deliberativo, sobre a exploração clandestina de camarote no Morumbis revelada pelo ge na última segunda-feira.
Olten decidiu encaminhar o caso para a Comissão de Ética do Conselho Deliberativo do São Paulo. Os diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares, que já pediram licença de seus cargos, serão investigados e podem ser punidos como conselheiros do Tricolor.
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Em áudios obtidos com exclusividade pelo ge, Douglas e Mara admitem que participaram de um esquema de exploração clandestina de um camarote do Morumbis, pelo menos no show da Shakira, em fevereiro deste ano. E o diretor adjunto de futebol de base, agora licenciado, admite ter ganhado dinheiro com isso.
– E vou repetir uma coisa. Você é uma pessoa que a Mara confiou. Eu só entrei nisso porque a Mara me garantiu que você era de total confiança. Desde o primeiro dia que eu te falava isso. Não podemos fazer coisa errada aqui. Então, teve negócio que você ganhou dinheiro, eu ganhei, todo mundo ganhou. Mas foi feito tudo na confiança. Coisa errada? Errou, tem que comer com farinha. Não tem jeito, querida. Não tem outro jeito. Não tem outro jeito. Não tem.
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Douglas Schwartzmann
Rubens Chiri / São Paulo FC
O pedido de licença de Douglas e Mara foi formalizado horas depois de o ge revelar um esquema de comercialização clandestina de camarote do Morumbis em dias de shows, com envolvimento dos dois. Na gravação, Schwartzmann diz que ele e outras pessoas ganharam dinheiro.
Márcio Carlomagno explica áudio sobre exploração clandestina de camarote do Morumbis
O diretor da base afirma também, na conversa, que Mara Casares recebeu de Marcio Carlomagno, superintendente geral do São Paulo, o camarote e comercializou ingressos do show da Shakira, em fevereiro deste ano. Carlomagno é braço direito de Julio Casares e principal nome da situação para eleição de 2026.
O camarote que motivou a gravação e um processo judicial ao qual o ge teve acesso foi o 3A, no setor leste do estádio. Em documentos internos do clube, esse espaço consta como “sala presidência”. O local fica em frente ao escritório de Julio Casares e é utilizado para reuniões e até entrevistas.
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O Artigo 34 do Estatuto Social do São Paulo prevê penalidades para sócios do clube que cometerem infrações. As punições possíveis são advertência, suspensão, indenização, perda de mandato, inelegibilidade temporária e eliminação. A gravidade da conduta é o que vai definir a punição.
O item Q do Artigo 10 do Regimento Interno do clube diz que “causar dano à imagem do SPFC, em qualquer condição ou no exercício de qualquer cargo pertencente aos poderes do SPFC” é passível de suspensão de 90 a 270 dias. A penalidade pode aumentar em um terço se o associado ocupar algum dos poderes do Tricolor.
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