Retranqueiro ou equilibrado? Tite chega ao Cruzeiro com rótulos em discussão
ge Cruzeiro fala de bastidores da troca de treinadores
Tite chega ao Cruzeiro com uma dúvida no ar: qual estilo de jogo vai implementar? O treinador não comanda uma equipe há mais de um ano e se afastou do futebol levando, para muitos, o rótulo de retranqueiro após a passagem pelo Flamengo. Diante do estereótipo debatido entre os cruzeirenses, o ge buscou responder: Tite é retranqueiro ou equilibrado?
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Para Henrique Fernandes, comentarista da TV Globo, é injusto o rótulo imposto ao ex-treinador da seleção brasileira.
“Acho um rótulo bastante injusto que ele carregou, principalmente no auge da sua carreira, no Corinthians. Não o vejo assim. O vejo como um treinador que estrutura boas defesas.”
– Jardim é retranqueiro? Acredito que não, mesmo tendo fechado o ano com a segunda melhor defesa do campeonato. Filipe Luís, treinador da melhor defesa, também não é. Tite já montou times com bastante eficiência e produção ofensiva. Como ele gosta de dizer, o que busca sempre é equilíbrio.
Chegada do técnico Tite, na Toca 2.
Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Os números de Leonardo Jardim no Cruzeiro também mostram uma defesa sólida. Quando chegou à Raposa, o português encontrou uma equipe que tinha sofrido gols em seis jogos consecutivos. Ainda demorou a ajustar o setor, que se tornou um dos principais da equipe que terminou em terceiro no Brasileiro e foi semifinalista da Copa do Brasil.
Jardim fechou o ano tendo a segunda defesa menos vazada do Campeonato Brasileiro. Foram 31 gols em 38 rodadas. Para Henrique Fernandes, esse é o tipo de equilíbrio que Tite deve dar sequência no comando da Raposa.
– Ele passou por transformações importantes na forma de enxergar futebol, depois da ida para a Seleção, principalmente no segundo ciclo (para a Copa de 2022). De um jogo mais sólido defensivamente, apostando em jogadas mais diretas e posses menos longas, para um jogo mais posicional, propositivo, que aplicou bem na Seleção e tentou aplicar no Flamengo.
“Se o Tite vier mais propenso a replicar as ideias que utilizou brilhantemente no Corinthians, tem mais similaridades com Leonardo Jardim. Se ele quiser dar sequência a forma que jogou na Seleção e no Flamengo, a ruptura será maior.”
Fala, torcedor: Cruzeirenses acreditam que Tite possa dar sequência ao trabalho de Leonardo Jardim
O trabalho citado no Corinthians teve título do Brasileiro, em 2015, e deu a Tite a credencial para ser contratado pela CBF como treinador da Seleção. Teve Jadson como maior garçom do Brasileirão daquele ano, com 12 assistências – além de anotar 13 gols. Ainda teve o vice-artilheiro do campeonato, Vagner Love, com 14 gols.
Tite só teve aproveitamento abaixo de 55% em dois clubes na carreira: Atlético-MG e Palmeiras, em 2005 e 2006, respectivamente. Na seleção brasileira, o treinador chegou a 80% de aproveitamento em 81 jogos, com 60 vitórias, 15 empates e seis derrotas. Teve média de 2,14 gols marcados por jogo (174 ao todo) e 0,37 gol sofrido (30 no total).
– Acho que o elenco do Cruzeiro tem boas peças para que Tite implemente o modelo de jogo dele. O que o time provou sob o comando de Leonardo Jardim é que com o acerto ideal de time, coletivamente, todos podem render e brigar nas primeiras posições da tabela. A questão é que um novo treinador quando chega desenvolve novas relações com cada atleta, em campo e fora dele.
“O desafio de Tite é fazer com que jogadores como Kaio Jorge, Matheus Pereira, Christian, Lucas Silva, Lucas Romero, Fabrício Bruno, Kaiki, que jogaram talvez o futebol mais consistente de suas carreiras, não deixem o nível individual cair. Material humano, tem. Com necessidade de correções e complementos que podem vir na janela, mas tem”.
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