Paiva, ex-Botafogo, detona Textor ao citar vitória sobre PSG: “Me disse que era o dia mais feliz da vida”
Vitória histórica do Botafogo contra o PSG ganha repercussão internacional
No mercado desde setembro, quando foi demitido pelo Fortaleza após passagem relâmpago cuja duração foi de 10 jogos, Renato Paiva fez duras críticas a John Textor em entrevista ao jornal português “A Bola”. Aliás, durante a sabatina, referiu-se ao americano somente como “este senhor”.
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– O crescimento, em situações positivas e negativas (com as passagens por Bahia e Botafogo), é geral. Porque foram projetos altamente diferenciados. No Botafogo, por exemplo, é uma pessoa que manda e decide sozinha, é dono e não quer saber.
– Entendo a sua pergunta (sobre a relação com Textor), mas eu não preciso de falar sobre John Textor porque ele fala por si próprio. Tudo aquilo que faz e diz é claro e, depois, quem está no meio, julga. A sua comunicação define-o. Dessa passagem, preferia dizer que trabalhei num clube absolutamente fantástico, com um grupo de jogadores único, cuja empatia e sinergia eram totais e absolutas. E com um apoio absurdo e uma identificação total com as pessoas com quem trabalhei no meu dia a dia.
Renato Paiva e Textor no Nilton Santos
Vitor Silva/Botafogo
Paiva contextualizou o cenário encontrado ao chegar ao Botafogo, mas ainda assim aponta que o início do trabalho, de acordo com sua visão, era bastante positivo.
– Ainda hoje nos relacionamos no Rio de Janeiro. Encontrei uma equipe que vinha de ser campeã da Libertadores e do Brasileirão, mas completamente dilacerada, com 12 saídas. Houve algumas contratações que não resultaram, também por falta de paciência e de tempo, e acabamos por ir de menos a mais. Quando embarcamos no avião para irmos para o Mundial de Clubes, em junho, tínhamos 13 jogos sem perder, oito vitórias, dois empates e um deles com este Flamengo, no Maracanã, e duas derrotas, com o Bahia e com o Capital, pela Copa do Brasil, na qual jogamos com uma equipe secundária.
“Dia mais feliz da vida”
Ao abordar a Copa do Mundo de Clubes, em que o Botafogo ficou marcado por ter vencido o campeão europeu PSG, Renato Paiva cita a reação de Textor, com direito a frase de efeito e um beijo no rosto, como maior balizador do que considera um trabalho impactante.
– Vamos para os EUA a seis pontos do Flamengo, com a segunda melhor defesa do campeonato, vivos na Libertadores e na Copa do Brasil. Perante ao grupo que tínhamos no Mundial, com PSG e Atlético Madrid, dizia-se que veríamos se não seríamos goleados. Estávamos no grupo da morte. Ganhamos o Seattle, o PSG e tínhamos de perder por três com o Atlético Madrid para sermos eliminados. Perdemos por um e no último minuto.
– Hoje diz-se no Brasil que a vitória mais emblemática do Botafogo foi essa com o PSG. Aliás, esse senhor disse-me na cara que era o dia mais feliz da vida dele. Deu-me, inclusivamente, um beijo em público. Eu do Botafogo fico com isto. Os números falam por nós, as ações do senhor falam por ele.
Sem treinar nenhum clube desde setembro, quando deixou o Fortaleza, Renato Paiva diz-se inquieto. Revelou ter recebido proposta de uma seleção sul-americana, não negou conversas com a Universidad de Chile e brincou com o fato de estar em casa.
— Treinar. A minha vida passa por isto. A minha esposa sabe e diz-me várias vezes, com razão, que eu fico insuportável quando não trabalho. Posso até dizer que fui abordado para treinar uma seleção. geRead More


