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Brasil deixou de assinar comunicado sobre Venezuela porque texto não criticou militares estrangeiros no Caribe

Brasil deixou de assinar comunicado sobre Venezuela porque texto não criticou militares estrangeiros no Caribe

 Mercosul: Lula fala em catástrofe, e Milei defende pressão de Trump sobre Venezuela
Integrantes da diplomacia brasileira lamentaram a decisão dos países do Mercosul de emitir um comunicado exigindo a “restauração da democracia” na Venezuela. A iniciativa foi liderada pela Argentina de Javier Milei durante a cúpula do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR).
Fontes do Ministério das Relações Exteriores afirmam que um texto a respeito da situação política no país vizinho vinha sendo negociado entre os países do bloco há semanas.
Segundo interlocutores do Itamaraty, o Brasil aceitava incluir no comunicado os pontos relativos aos direitos humanos e à crise humanitária instalada na gestão do presidente venezuelano Nicolás Maduro. No entanto, o país defendia equilíbrio na posição do bloco.
Esse equilíbrio significaria incluir no documento oficial um parágrafo afirmando que a presença de forças militares internacionais no Caribe representa uma grave ameaça à soberania da região — em referência à presença dos Estados Unidos na área.
Porém, os demais países não aceitaram incluir o trecho com esse alerta. Diante do racha, o Brasil se ausentou da construção do texto final. O Uruguai também não assinou o documento.
“Sabíamos que eles fariam o documento. É um direito deles. Mas como a posição do Brasil já era conhecida, não fomos consultados sobre a linguagem. Lamentamos que não houve o tradicional comunicado do Mercosul Estados Partes e Associados”, disse um diplomata que acompanhou as negociações.
Desde agosto, os Estados Unidos enviaram navios de guerra para o mar do Caribe, além de caças e um submarino nuclear.
Questionado, o Itamaraty não se manifestou sobre o episódio.g1 > Mundo Read More