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Governo decide trocar comando da Petrobras e indica Adriano Pires para presidir estatal

Silva e Luna é segundo presidente da empresa a ser demitido pelo governo de Jair Bolsonaro. Troca acontece após críticas do presidente da República ao reajuste de preços dos combustíveis. Economista Adriano Pires, indicado para substituir o general Silva e Luna no comando da Petrobras
Reprodução/GloboNews
O governo federal anunciou nesta segunda-feira (28) que substituirá o general da reserva Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras. Para a vaga, o Ministério de Minas e Energia decidiu indicar Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
A mudança precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos acionistas da estatal. A próxima reunião está marcada para 13 de abril.
Segundo o material divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, se a decisão for confirmada pelos acionistas, Joaquim Silva e Luna deixará a cadeia de comando da petroleira: o nome dele não aparece na composição prevista para o conselho de administração da Petrobras.
Até a confirmação das decisões na assembleia, no entanto, Silva e Luna segue no comando da Petrobras – a menos que decida pedir para deixar o cargo nos próximos dias.
Os acionistas também terão de dar aval ao nome do empresário Rodolfo Landim para presidir o conselho de administração. Presidente do Flamengo, Landim foi indicado para o posto no último dia 6, mas não assumiu a posição porque aguarda a aprovação da assembleia.
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O presidente Jair Bolsonaro tem criticado a empresa por seguidos reajustes nos preços dos combustíveis. O presidente chegou a dizer que “se resolvesse”, daria “murro na mesa” para obrigar a estatal a reduzir os preços.
Segundo o blog da Ana Flor, antes do anúncio da troca, Joaquim Silva e Luna chegou a afirmar a interlocutores do governo e pessoas próximas que — em razão da estrutura de governança rígida montada nos últimos anos — uma troca do comando da empresa não daria a um eventual novo presidente carta branca para mudar a política de preços.
Segundo relatos a que o blog teve acesso, o general tem dito que “um maluco que assuma aqui não faz o que quer”.
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Silva e Luna
Silva e Luna é o segundo presidente da Petrobras do governo Bolsonaro. Em 2021, o governo anunciou que indicaria o general para a presidência da empresa, em substituição a Roberto Castello Branco (demitido pela insatisfação do presidente da República com a política de preços da estatal).
O nome de Silva e Luna foi aprovado em uma assembleia geral extraordinária de acionistas para integrar o conselho de administração da Petrobras em 12 de abril. Quatro dias depois, ele foi eleito presidente da empresa.
Como acionista majoritária, a União tem a maioria dos assentos no conselho de administração da estatal.
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Quem é Adriano Pires
Com experiência de mais de 30 anos no setor de energia, Adriano Pires é doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII (1987), Mestre em Planejamento Energético pela COPPE/UFRJ (1983) e Economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980).
Trabalhou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) onde atuou como Assessor do Diretor-Geral, Superintendente de Importação e Exportação de petróleo, seus derivados e gás natural e Superintendente de Abastecimento.
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerceu a função de professor, pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais.
Atualmente, é diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fundado por ele mesmo. O CBIE é uma consultoria especializada em inteligência, regulação e assuntos estratégicos para o setor de energia.
Recentemente, Pires vinha atuando como consultor informal do Ministério de Minas e Energia (MME) na questão da alta do preço dos combustíveis. Ele defende a criação de uma política de subsídio que sairia do Tesouro direto e duraria de 3 a 6 meses para o diesel e o botijão de gás, devido aos efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia. A equipe econômica é contra subsídios envolvendo recursos do Tesouro.
Estruturalmente, Pires acredita que a solução para o preço dos combustíveis passa pela criação de um fundo de estabilização.
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