ONU diz que espera que medidas contra violência em El Salvador respeitem direitos humanos; grupo criminoso matou 87 pessoas em 3 dias
O presidente de El Salvador decretou regime de exceção no último domingo e, no dia seguinte, deu um ultimato aos grupos criminosos, considerados responsáveis por 87 homicídios em três dias. Policial revista um homem na cidade de San Salvador, em 29 de março de 2022
Jose Cabezas/Reuters
O chefe da ONU, Antonio Guterres, disse nesta terça-feira (29) que está preocupado com o aumento da violência em El Salvador, e espera que as medidas tomadas pelo presidente Nayib Bukele para combater o problema estarão “de acordo com os direitos humanos”.
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O secretário-geral afirmou que “vê com preocupação o aumento da violência em El Salvador no fim de semana e expressa sua solidariedade aos salvadorenhos nessa conjuntura difícil”, disse seu porta-voz, Stéphane Dujarric.
O presidente de El Salvador decretou regime de exceção no último domingo e, no dia seguinte, deu um ultimato aos grupos criminosos, considerados responsáveis por 87 homicídios em três dias. Membros desses grupos estão submetidos desde domingo a um estado de emergência estrito nas prisões.
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Guterres “confia em que as medidas tomadas irão respeitar os direitos humanos, as leis e os protocolos internacionais”, assinalou seu porta-voz.
As medidas tomadas por Bukele contra os membros de grupos criminosos presos foram criticadas pelo ex-secretário da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) Paulo Abrão. “Populismo penal: ilegalidades para enfrentar ilegalidades. Barbáries para enfrentar barbáries”, publicou Abrão no Twitter.
Bukele respondeu de imediato: “Vocês na OEA e a CIDH foram os que patrocinaram a trégua (entre gangues) que só fortaleceu os grupos criminosos e lhes permitiu acumular recursos, dinheiro e armamento. Levem sua peste (as gangues) do nosso país.”
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