B3 corrige cálculo e saldo de estrangeiros na Bolsa cai para R$ 64,1 bilhões em 2022

Segundo a empresa, a alteração nos dados foi motivada pela identificação de que, a partir de outubro de 2020, as operações de empréstimo de ativos passaram a ser capturadas nas estatísticas de fluxo financeiro de maneira incorreta. Sede da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo
Divulgação/B3
A B3 promoveu uma revisão em sua metodologia para a divulgação de informações sobre o fluxo de entrada e saída de investidores no mercado de renda variável. Com a alteração dos dados, a entrada líquida de estrangeiros no mercado secundário da bolsa local, que era de R$ 91,1 bilhões no acumulado de 2022, até o dia 30 de março, passou a ser de R$ 64,1 bilhões.
Segundo a empresa, a alteração nos dados foi motivada pela identificação de que, a partir de outubro de 2020, as operações de empréstimo de ativos em tela passaram a ser capturadas nas estatísticas de fluxo financeiro de maneira incorreta.
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“Essas operações não constituem um fluxo financeiro, pois o empréstimo de ações não envolve aportes de recursos no momento do empréstimo do papel. E, portanto, precisam ser subtraídas dos dados divulgados”, disse a B3, em material divulgado a jornalistas.
Luís Kondic, diretor executivo de produtos e dados da B3, também afirmou que os dados de 2020 e 2021 estão sob revisão e que os números atualizados ainda não possuem prazo para serem divulgados.
No cálculo geral, a diminuição no montante comprador do fluxo estrangeiro é compensada pela diminuição no volume de vendas de investidores pessoa física e de institucionais.
O saldo líquido acumulado das pessoas físicas na bolsa, que até o dia 30 de março era negativo em R$ 26 bilhões, passa a ser negativo em apenas R$ 12 bilhões. Já os institucionais, que, segundo a metodologia antiga, haviam retirado R$ 72 bilhões até a mesma data, têm saldo líquido negativo de R$ 60 bilhões quando os empréstimos de ações são retirados do cômputo.
Os percentuais de participação dos investidores na bolsa por volume negociado em 2022 também foram alterados pela mudança na metodologia da B3. As pessoas físicas, que representavam 15,74% do volume negociado da bolsa, passaram a ter fatia de 16,06%. Os institucionais, responsáveis por 26% do volume negociado anteriormente, passaram a 25,09%. A participação estrangeira sobe de 53,47% para 53,95%.
O saldo líquido acumulado das pessoas físicas na bolsa, que até o dia 30 de março era negativo em R$ 26 bilhões, passa a ser negativo em apenas R$ 12 bilhões.g1 > EconomiaRead More