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Conheça a técnica milenar do cultivo de bonsai, que mistura arte e agricultura

Planta, que pode custar até 20 mil, precisa de cuidado minucioso, como arames para moldar os galhos e cortes no torrão para adaptar o tamanho das raízes. Agricultura, arte e filosofia: todos esses elementos compõe a técnica do cultivo de bonsais, uma prática milenar que começou na China, mas que foi perfeiçoada e difundida no Japão.
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Bonsai: veja como cultivar mini-árvores em casa
Os bonsais podem ter desde 1 centímetro até 1 metro de altura. A palavra “bon” significa bandeja, enquanto “sai” significa cultivar, plantar.
A ideia é que essas plantas imitem árvores, mas em um formato menor, em miniaturas. E quanto mais parecidas com árvores centenárias, mais são consideradas um bonsai.
Como em toda arte, a estética é muito importante nesse tipo de planta. Ela pode ter formatos diferentes, dependendo do tamanho e da inclinação do tronco e do formato da copa. Cada planta é única. E é isso que faz de cada bonsai uma obra de arte, cujo preço pode variar de R$ 200 até R$ 20 mil.
Controle do crescimento
No vaso, o crescimento do bonsai precisa ser controlado e os ramos são direcionados para que este ganhe o formato desejado por seus cultivadores, os chamados “bonsaístas”.
O Shivam Rupya, de Piracicaba (SP), é um deles. Em seu sítio, ele cuida de uma pitangueira em uma bacia que está sendo preparada para virar um bonsai. É nessa etapa que começa um trabalho minucioso para lapidar a planta.
Um arame é colocado para moldar os galhos que vão compor a copa do bonsai. Esse é o segredo para que as árvores ganhem forma.
“Quando ela é nova, os galhos crescem para cima e a gente usa o arame para posicionar os galhos para baixo e, assim, trazendo um aspecto de árvore mais antiga, mais madura”, diz Rupya.
Ele também tira os ramos em excesso, mas não corta tudo, pois quanto mais galhos, mais folhas o bonsai terá e, consequentemente, fará mais fotossíntese, gerando, assim, um crescimento maior.
Trabalho nas raízes
Existe ainda todo um trabalho que precisa ser feito nas raízes do bonsai.
Na natureza, a raiz principal fixa a árvore no solo e várias secundárias ramificadas carregam nutrientes. Já no bonsai, as raízes mais finas precisam ficar concentradas no centro da planta.
É preciso obrigar a planta a emitir raízes e voltar para a base para que, quando levada ao vaso, consiga sobreviver em um espaço menor.
O bonsaísta Mac Donald Fernandes explica que, para adaptar o tamanho das raízes, é necessário cortar o torrão – o pedaço de terra onde a árvore está plantada.
“No primeiro ano, a gente diminui o torrão pela metade. Passado mais um ano que essa planta criou raízes capilares na base, cortamos na metade novamente. Esperamos mais um ano e, então, cortamos e levamos para o vaso de bonsai”, diz.
“Esse processo dura em torno de cinco anos. Um bonsai de qualidade de alto nível não é feito com menos de 15 anos. Não tem jeito”, acrescenta Fernandes.
Saiba mais na reportagem completa no vídeo acima.
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