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Cuba e EUA realizam primeira reunião de alto nível desde que Biden assumiu o governo

As conversas estão totalmente focadas no aumento da migração de Cuba por terra e por mar. Embaixada dos EUA em Havana, Cuba
Yamil Lage/AFP
Cuba e Estados Unidos retomaram nesta quinta-feira (21) em Washington negociações sobre migração, interrompidas desde 2018, na primeira reunião bilateral entre dirigentes de altos postos de governo desde que Joe Biden chegou à Casa Branca.
As conversas estão totalmente focadas no aumento da migração de Cuba por terra e por mar, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
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De acordo com a Alfândega dos Estados Unidos, de outubro de 2021 a março de 2022, mais de 78 mil cubanos entraram no país pela fronteira com o México.
Uma emigração massiva da ilha, que coincide com a sua pior crise económica em quase três décadas, sobretudo desde que a pandemia de Covid-19 atingiu o setor do turismo.
“Discussões sobre uma migração segura, ordenada e legal continuam sendo de interesse primordial para os Estados Unidos”, afirmou Price a repórteres.
“Nossa política mais ampla se baseia em apoiar o povo cubano, apoiar suas aspirações democráticas. Há elementos migratórios nisso, há um elemento de reunificação familiar nisso, mas essas conversas são conversas sobre migração”, disse ele.
Veja abaixo uma reportagem de 2021, quando os EUA impuseram novas sanções à Cuba.
EUA determinam novas sanções contra Cuba
O vice-chanceler cubano, Carlos Fernández de Cossío, viajou a Washington para se reunir com autoridades americanas, incluindo Emily Mendrala, encarregada de Cuba e migração no Departamento de Estado.
Reuniões como essa eram realizadas regularmente até serem suspensas em 2018 pelo ex-presidente republicano Donald Trump, que defendia uma linha dura em comparação à normalização diplomática empreendida por seu antecessor democrata Barack Obama.
O objetivo da retomada, indicou na quarta-feira o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, é evitar que os migrantes “se joguem no mar, porque são viagens muito perigosas”.
Desde que a Nicarágua eliminou o visto para os cubanos em 22 de novembro, milhares deles têm viajado por diferentes rotas para esse país aliado de Havana para tentar chegar à fronteira dos EUA, onde podem se beneficiar da Lei de Ajuste Cubano, de 1964, que concede a cidadãos da ilha residência em um ano.
Havana acusou Washington de pressionar os governos latino-americanos a exigir um visto de trânsito para os cubanos que fazem escala em seus aeroportos e de não cumprir o acordo migratório para conceder 20 mil vistos anuais aos cubanos.
Nos últimos anos, os cubanos que queriam emigrar para se beneficiar de um programa de reunificação familiar foram obrigados a viajar para um terceiro país, como Colômbia e Guiana, para solicitar o visto, devido ao fechamento do consulado americano.
O consulado fechou há quatro anos por causa de supostos ataques a sua equipe diplomática, uma denúncia que Havana nega categoricamente.
Em março, porém, a embaixada dos Estados Unidos em Havana anunciou que começaria a emitir vistos para cubanos de forma limitada, gradual e em data ainda a ser especificada, mas por enquanto isso não se concretizou.
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