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Dólar tem maior alta diária desde março de 2020 e acumula avanço semanal de 2,33%

Nesta sexta-feira (22), a moeda norte-americana avançou 4,04%, cotada a R$ 4,8061. Nota de US$ 5 dólares
REUTERS/Thomas White
O dólar fechou em alta de 4,04%, cotado a R$ 4,8061, nesta sexta-feira (22), na maior alta diária desde março de 2020, início da pandemia de Covid-19. Na semana, o avanço foi de 2,33%.
O resultado foi impulsonado globalmente por apostas em maior agressividade do banco central dos Estados Unidos no ritmo de alta de juros, enquanto o noticiário político local elevava a cautela de investidores.
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Com o resultado desta sexta, o dólar agora acumula alta de 0,99% na parcial do mês e queda de 13,79% no ano. Veja mais cotações. Na máxima do dia, bateu R$ 4,8391.
Já o Ibovespa caiu 2,86%, a 111.078 pontos.

O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os mercados seguem pautados pelas renovadas apostas de juros mais altos nos Estados Unidos, em meio à inflação em disparada e de um menor crescimento da economia global.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou na quinta-feira que um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros estará “sobre a mesa” quando o Fed se reunir em maio, acrescentando que seria apropriado “agir um pouco mais rapidamente”.
Com a inflação atingindo cerca de três vezes a meta de 2% do Fed, “é apropriado avançar um pouco mais rapidamente”, disse Powell.
O comentário — que consolida a ampla expectativa de que o banco central norte-americano intensificará a dose de aperto monetário diante da inflação mais alta em quatro décadas — levou o índice do dólar contra uma cesta de rivais fortes a tocar uma máxima em 25 meses nesta sexta-feira (22), segundo a Reuters.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na extremamente segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar.
Oposição anuncia entrar com ação no Supremo contra perdão de Bolsonaro a Daniel Silveira
Mas o real liderava as perdas globais nesta sexta, o que parte dos mercados associou à notícia de que o presidente Jair Bolsonaro anunciou um decreto concedendo perdão ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques à democracia. A medida foi vista por muitos como uma afronta ao STF, com potencial de abrir nova crise com a cúpula do Judiciário.
Alguns participantes do mercado também citaram movimento de ajuste no preço do dólar –que havia caído acentuadamente na quarta-feira– na volta do feriado de Tiradentes.
Na cena doméstica, o foco também estava na política monetária, depois de declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o Copom estará pronto para ajustar o tamanho de seu ciclo de aperto no caso de choques inflacionários maiores ou mais persistentes do que o esperado. Ele repetiu previsões anteriores de que o BC elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual em sua próxima reunião, ante patamar atual de 11,75%.g1 > EconomiaRead More

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