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Dólar tem maior alta em três semanas, após abrir o dia abaixo de R$ 4,60

Na terça-feira (5), a moeda norte-americana avançou 1,13%, para R$ 4,6598. Notas de dólar e real
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
O dólar fechou em alta de 1,13%, cotado a R$ 4,6598, nesta terça-feira (5). Foi a maior valorização da moeda em três semanas.
Na abertura do dia, no entanto, o dólar foi negociado em queda e chegou a valer R$ 4,60.
Com o resultado desta terça, a divisa acumula queda de 2,09% no mês e de 16,41% no ano.
Nesta terça, os operadores recompuseram parte de posições na moeda norte-americana após uma sequência de quedas que levou a cotação ao menor valor em mais de dois anos na segunda-feira (4).
O clima externo agitado — ditado por temores de enxugamento de liquidez mais acelerado nos Estados Unidos e por uma atmosfera de guerra entre Rússia, Ucrânia e Ocidente — serviu de argumento para compras de dólares, que deixaram o real entre as moedas de pior desempenho no dia.
Já o Ibovespa recuou 1,97%, a 118.885 pontos.
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No exterior, os preços do petróleo sobem, diante da perspectiva de mais sanções contra a Rússia , grande exportadora da commodity.
“Todo mundo está apenas pensando sobre o que vem a seguir em termos de sanções à Rússia, haverá realmente discussões significativas sobre a proibição das importações europeias de petróleo e carvão russos?”, questionou Danni Hewson, analista financeira da AJ Bell, segundo a Reuters.
A União Europeia provavelmente adotará uma nova rodada de sanções contra a Rússia, enquanto os Estados Unidos também planejam novas medidas nesta semana para punir Moscou por assassinatos de civis na Ucrânia.
Por aqui, a agenda da semana inclui a divulgação da inflação oficial de março. Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta semana o boletim Focus, com as estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O país possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
O movimento do dólar nas últimas semanas também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.
Em relatório, a XP avaliou que “o câmbio valorizado não evita alta da inflação”. A instituição passou a projetar IPCA de 7% em 2022 e Selic subindo até 12,75% ao ano.
“A apreciação do câmbio é respaldada por fundamentos e pode continuar no curto prazo. Mas há riscos adiante”, destacou, ao reduzir a projeção para o dólar no final deste ano de R$ 5,20 para R$ 5.
EUA e Europa consideram adotar novas sanções à Russia por massacre atribuído aos soldados do paísg1 > MundoRead More

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