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Entidade aponta atrasos nas exportações do país e pede ‘seriedade’ em carta a Guedes

Servidores da Receita reclamam de cortes no orçamento e não cumprimento de acordo salarial. As exportações brasileiras têm enfrentado atrasos nas aduanas desde o final de 2021. Segundo o Instituto Brasileiro de Comércio Internacional e Investimentos (IBCI), entidade que faz o secretariado da FrenComex (Frente Parlamentar de Comércio Exterior do Congresso Nacional) as cargas estão levando “quatro vezes o tempo normal” para serem liberadas.
Os atrasos são provocados por protestos de servidores da Receita Federal. Os auditores reclamam dos cortes no orçamento e do não cumprimento de um acordo salarial, feito há 5 anos, e que prevê o pagamento de um bônus por produtividade.
Desde dezembro do ano passado, quando um grupo que tinha cargos de confiança pediu exoneração, os servidores reclamam dos cortes no orçamento que, segundo eles, foi reduzido em 51% apenas na área de tecnologia da informação. As manifestações, no entanto, foram precipitadas depois que o governo aprovou o Orçamento deste ano prevendo reajuste apenas a policiais – e excluindo os demais servidores federais.
Navio carregado de açúcar atraca no porto de Santos, em imagem de arquivo
Paulo Whitaker/ Reuters/ Arquivo
Prejuízos à economia
Em carta endereçada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o IBCI aponta que prazos que demorariam normalmente até 5 dias úteis atualmente estão levando semanas, “prejudicando de forma determinante a retomada econômica do país”.
“No ano de 2021, foi anunciado a redução do tempo de desembaraço para exportações de 13 para 5 dias. Esse esforço em facilitar o comércio exterior promovido pelo governo brasileiro é colocado em xeque com a situação atual, com os prazos para exportação operando em níveis superiores ao que era visto anteriormente”, reclama o IBCI.
Diante da situação, a entidade pede que o tema “seja tratado com a devida seriedade”, “evitando um efeito dominó dentro da economia nacional”.
O g1 procurou a Receita Federal para comentar o assunto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.g1 > EconomiaRead More

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