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Governo do Peru envia ao Congresso proposta para convocar uma assembleia constituinte

Partido no poder culpa a atual Constituição pelas desigualdades econômicas do país e por consagrar um modelo de livre mercado. O presidente do Peru, Pedro Castillo, em traje típico andino, discursa em Juliaca, na região de Puno
Carlos Mamani/AFP
O primeiro-ministro do Peru, Anival Torres, afirmou nesta segunda-feira (25) que o governo vai convocar um referendo para propor uma reforma da Constituição do país. A ideia é aumentar o papel do Estado na economia.
“Nós submetemos ao Congresso um projeto para emendas constitucionais com o propósito de convocar uma assembleia constituinte que vai redigir um novo texto”, disse ele. O processo, afirmou Torres, é longo, e o povo vai decidir se quer ou não convocar uma assembleia.
Essa é uma das promessas de campanha do presidente Pedro Castillo. Ele e o Congresso passam por uma crise de popularidade.
Como o Congresso peruano é dominado pela oposição, dificilmente a proposta vai progredir.
O presidente Castillo já havia anunciado, nesta sexta-feira, que enviaria um projeto.
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O partido no poder culpa a atual Constituição, promulgada em 1993 pelo então presidente Alberto Fujimori, por ser responsável pelas desigualdades econômicas no Peru, ao consagrar um modelo de livre mercado.
“Enviaremos esse projeto de lei que vamos trabalhar imediatamente”, disse Castillo na semana passada, ao falar em uma sessão pública do Conselho de Ministros na cidade andina de Cusco, antiga capital do Império Inca.
Em 10 de abril, o Júri Nacional Eleitoral (JNE) esclareceu que a convocação de um referendo para aprovar uma mudança constitucional requer a aprovação prévia do Congresso por maioria absoluta.
Castillo é um professor rural de 52 anos que, como candidato de um pequeno partido marxista-leninista, conquistou a presidência em 2021 após um segundo turno contra a direitista Keiko Fujimori, filha do ex-presidente.g1 > MundoRead More

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