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Justiça do Texas suspende execução de mulher condenada por matar a filha para analisar evidências que podem inocentá-la

Melissa Lucio, acusada de espancar a filha até a morte, teria confessado em uma condição em que foi coagida. Os advogados também dizem que a promotoria usou métodos não científicos para argumentar que os ferimentos na menina só poderiam ter sido causados por agressões físicas. Em imagem sem data, Melissa Lucio segura sua filha Mariah
Família de Melissa Luci/AP
A Justiça do estado do Texas, nos Estados Unidos, decidiu adiar a execução de Melissa Lucio, uma prisioneira porque há incertezas cada vez mais significativas de que ela realmente tenha cometido o crime do qual é acusada, o de ter matado a filha de 2 anos por espancamento.
O caso atraiu a atenção de legisladores, celebridades e até mesmo de membros do júri que a condenaram e se arrependeram.
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A Justiça do Texas aceitou o pedido dos advogados de Melissa Lucio para uma prorrogação da execução para que a corte possa analisar novas evidências que, potencialmente, podem inocentá-la.
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Não está claro ainda quando a corte vai começar a analisar as novas provas.
A data inicial da execução de Lucio era o dia 27 de abril, a próxima quarta-feira.
A filha de Melissa, Mariah, morreu em 2007, em Harlingen, uma cidade de 75 mil moradores no sul do Texas.
O Comitê de Perdão do Texas ia analisar o pedido de clemência de Lucio (esse comitê tem o poder de trocar a pena de morte por uma pena perpétua). Minutos antes, no entanto, a suspensão da execução foi anunciada.
De acordo com os advogados de Lucio, a condenação dela foi baseada em uma confissão não confiável e que foi coagida em um questionário sem descanso. Lucio ainda tem um histórico de vítima de abuso emocional, sexual e físico. Segundo os advogados, não foi dada a chance a ela de questionar a validade da confissão.
Os advogados afirmam que evidências falsas e que não são científicas induziram o júri a acreditar que as lesões da menina de 2 anos só poderiam ser causadas por abuso físico, e não por complicações médicas depois de uma queda.
O chefe do Ministério Público local, Luisa Saenz, discorda do argumento dos advogados de Lucio. Os promotores afirmam que ela tinha um histórico de uso de drogas e que chegou a perder a guarda de alguns de seus 14 filhos.
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