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Negociações com EUA estão paradas, diz dirigente russo para o desarmamento nuclear

Os EUA não acreditam que exista uma ameaça de a Rússia usar armas nucleares, apesar de uma recente escalada na retórica de Moscou. EUA: ‘não acreditamos em uma ameaça nuclear da Rússia’
O dirigente da Rússia responsável pelas metas de não proliferação nuclear, Vladimir Yermakov, disse neste sábado (30) que as negociações entre o governo dele e o dos Estados Unidos está congelada. A informação é da agência de notícias russa Tass.
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De acordo com ele, os contatos entre os americanos e russos só serão retomados depois da guerra na Ucrânia, que a Rússia chama de “operação militar especial”.
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Yermakov afirmou que o governo russo acredita que que os EUA querem terminar projetos para armazenar mísseis de alcances curto e médio na Europa e na Ásia. O dirigente russo não deu nenhuma evidência que pudesse corroborar com essa tese.
“A aparição dessas armas nessas regiões vai piorar a situação e dará combustível para uma corrida armamentista”, afirmou.
EUA não acreditam em ameaça nuclear
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Os EUA não acreditam que exista uma ameaça de a Rússia usar armas nucleares, apesar de uma recente escalada na retórica de Moscou, disse na sexta-feira um dirigente de defesa do governo dos EUA.
Falando sob condição de anonimato, ele afirmou que os americanos estão monitorando as capacidades nucleares dos russos todos os dias da melhor forma possível e avaliam que não existe ameaça do uso dessas armas e nem uma ameaça ao território dos países da Otan.
Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o Ocidente não deve subestimar os riscos elevados de um conflito nuclear devido à guerra na Ucrânia.
A Rússia afirmou no início deste mês que planeja implantar até junho mísseis balísticos intercontinentais Sarmat recém-testados, capazes de montar ataques nucleares contra os EUA.
A preocupação ocidental com o risco de uma guerra nuclear aumentou depois que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro com um discurso no qual ele se referiu incisivamente às forças nucleares de Moscou e alertou que qualquer tentativa de entrar no caminho da Rússia “levará a consequências nunca vistas na história.”
No início deste mês, o diretor da CIA, William Burns, disse que a ameaça de a Rússia potencialmente usar armas nucleares táticas ou de baixa potência na Ucrânia não poderia ser ignorada, mas que a CIA não via muitas evidências práticas reforçando essa preocupação.
A invasão da Ucrânia pela Rússia deixou milhares de mortos ou feridos, reduziu vilas e cidades a escombros e forçou mais de 5 milhões de pessoas a fugirem para o exterior.
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