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ONU anuncia que centenas fugiram de Mariupol, mas confirma morte de cineasta lituano

Trabalhadores humanitários da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Cruz Vermelha disseram nesta quarta-feira (6) que centenas de pessoas conseguiram fugir de Mariupol, na Ucrânia. A informação positiva, porém, foi acompanhada do anúncio de mais um civil morto na cidade: o cineasta lituano Mantas Kvedaravicius, que morreu enquanto tentava escapar da cidade sitiada.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) declarou que Kvedaravicius, de 45 anos, morreu em seu carro quando saía de Mariupol, no último final de semana.

A diretora-geral da entidade, Audrey Azoulay, condenou o assassinato do cineasta, que registrou imagens da guerra em Mariupol. Ela destacou a “necessidade urgente de proteger os trabalhadores da mídia, especialmente em situações de conflito”, e pediu que os responsáveis ​​pela morte sejam “identificados e levados a julgamento”.

O lituano havia sido bastante elogiado pela crítica especializada por seu documentário Mariupolis, exibido no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2016.

Teatro na cidade Mariupol, que abrigava mulheres e crianças, foi bombardeado na quarta-feira (Foto: Ukraine Now/Reprodução Telegram)

Fuga para a segurança

A Cruz Vermelha disse que liderou um comboio de ônibus e carros transportando mais de 500 pessoas saindo de Mariupol rumo a Zaporizhzhia, entre terça (5) e quarta-feira (6). Entretanto, milhares de civis seguem presos na cidade costeira devastada, de acordo com a entidade.

As pessoas que continuam em Mariupol precisam de saída segura e da entrada de ajuda humanitária, segundo a Cruz Vermelha, que se diz pronta para fornecer alívio “assim que acordos concretos e condições de segurança o permitirem”.

Pascal Hundt, chefe da delegação da Cruz Vermelha na Ucrânia, disse que a equipe passou cinco dias tentando alcançar Mariupol. Eles chegaram a 20 quilômetros da cidade, mas as condições de segurança no terreno impossibilitaram a entrada. A cidade foi bombardeada desde que as forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, com casas e prédios públicos arrasados.

Ajuda humanitária

Enquanto isso, no norte do país, o PMA (Programa Mundial de Alimentos) fez sua entrega de primeiros socorros na cidade de Chernihiv, com a ajuda da Cruz Vermelha. O anúncio foi feito pelo chefe do PMA, David Beasley, no Twitter.

#NEWS: We have just completed the 1st @WFP food distribution since the #Ukraine war started to the previously besieged city of Chernihiv. 12,000 people have received life-saving assistance. Thank you to our partner @RedCrossUkraine for helping us to make this critical delivery! pic.twitter.com/YCIVrwlvmn

— David Beasley (@WFPChief) April 6, 2022

A ajuda apoiará 12 mil pessoas na cidade, que agora voltou para as mãos ucranianas, depois de enfrentar escassez de água e eletricidade. A agência da ONU pretende alcançar mais de três milhões de pessoas dentro da Ucrânia com distribuição de alimentos e dinheiro, bem como 300 mil refugiados e requerentes de asilo que deixaram o país.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News

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