Petróleo reverte perdas recentes e fecha em alta, com alívio das restrições na China
Tanto o petróleo Brent, que na sessão desta terça (12) subiu 6,25%, quanto o WTI, que avançou 6,69%, fecharam acima dos US$ 100 o barril. Trabalhadores observam plataforma de perfuração na Rússia
Sergei Karpukhin / Reuters
Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta, nesta terça-feira (12), revertendo parte dos tombos sofridos nas últimas semanas, em meio aos temores sobre a demanda, com os novos lockdowns na China, e com o alívio oferecido pela liberação de reservas estratégicas dos Estados Unidos e aliados.
O contrato do petróleo Brent, a referência global, para junho fechou a sessão em alta de 6,25%, a US$ 104,64 por barril, enquanto o do WTI americano para maio avançou 6,69%, a US$ 100,60 por barril.
Mesmo com o salto, o Brent segue em queda de cerca de 0,4% no mês e o WTI se mantém praticamente estável no período, com ambas as referências do petróleo bem abaixo dos picos alcançados no começo de março.
O petróleo foi negociado em alta desde o começo do dia, em meio a sinais de flexibilização das restrições em Xangai, com as medidas de bloqueio sendo parcialmente afrouxadas e permitindo que cerca da metade da população da capital financeira chinesa se movimentasse.
Ontem, os preços do petróleo foram pressionados pelo anúncio de um lockdown na cidade chinesa de Guangzhou, para controlar a disseminação da doença. As medidas, porém, não foram tão restritivas quanto as impostas em Xangai na semana passada.
Os investidores também analisam o alerta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de que seria “quase impossível” substituir o petróleo russo no caso de uma proibição da União Europeia (UE). Ao mesmo tempo, o cartel cortou as previsões para o consumo e oferta global de petróleo neste ano.
Ainda assim, os preços do petróleo são, agora, negociados em torno dos níveis anteriores à invasão da Ucrânia pela Rússia, no fim de fevereiro, com os países membros da Agência Internacional de Energia (AIE) planejando liberar cerca de 240 milhões de barris nos próximos seis meses, em uma tentativa de acalmar os preços voláteis.g1 > EconomiaRead More