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Presidente do Peru suspende toque de recolher; Conmebol diz que jogo do Flamengo está mantido

O governo peruano havia determinado um toque de recolher nesta terça-feira em resposta à greve dos caminhoneiros que já dura uma semana. Peruanos protestam contra preços de combustíveis e de pedágios na cidade de Ica, no Peru
REUTERS/Sebastian Castaneda
O presidente do Peru, Pedro Castillo, afirmou no fim desta terça-feira (5) que vai suspender o toque de recolher que ele mesmo determinou para interromper as manifestações contra a alta dos preços de combustíveis e fertilizantes.
A informação foi publicada pela agência de notícias Reuters às 19h20 de Brasília. “Eu devo anunciar neste momento que nós vamos cancelar a ordem de toque de recolher, agora pedimos ao povo peruano que mantenha a calma”, disse Castillo.
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As restrições começaram às 2h de Lima desta terça-feira. Inicialmente, o toque de recolher iria terminar ás 23h59 de Lima (01h59 de quarta-feira em Brasília).
Milhares de pessoas foram às ruas de Lima para desafiar a ordem. Os moradores da cidade enxergaram o toque de recolher como uma violação de liberdades civis.
Para justificar a ordem, o governo disse que era preciso evitar saques de lojas, ainda que não tenha demonstrado que de fato isso vinha acontecendo.
Em Lima, o Flamengo e o Sporting Cristal vão disputar um jogo às 22h de Brasília pela Libertadores da América. A partida chegou a ser suspensa, mas a Conmebol anunciou que as equipes vão entrar em campo.
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Manifestações de caminhoneiros
O governo peruano decretou o toque de recolher nesta terça-feira (5) na província de Lima e na vizinha Callao em resposta à greve dos caminhoneiros que já dura uma semana.
A manifestação já deixou 4 mortos e 20 pessoas foram presas.
Manifestantes em Lima contrariam toque de recolher imposto pelo presidente Pedro Castillo, em 5 de abril de 2022
Sebastian Castaneda/Reuters
Os protestos e bloqueios começaram em 28 de março, por causa do aumento dos preços dos combustíveis. Inicialmente, foram mobilizados por caminhoneiros, mas ganharam força com a adesão de trabalhadores de outras áreas, como agricultores.
A crise acontece em um momento vulnerável para o governo de Castillo, que chegou ao poder no ano passado com apoio majoritário da população rural do Peru, o mesmo grupo que, hoje, protagoniza os principais protestos de sua administração.
A popularidade de Castillo caiu rapidamente, e hoje está por volta de 25%. Ele já sobreviveu a duas tentativas de impeachment e fez um número de trocas sem precedentes nos membros de seu governo, que está apenas no oitavo mês.g1 > MundoRead More

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