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‘Rei do Bitcoin’ é condenado por estelionato e crimes contra o sistema financeiro

Condenação é por fraude bilionária envolvendo negociação de criptomoedas. Sentença expedida pela Justiça Federal do Paraná determinou pena de 8 anos e 6 meses de prisão. Claudio Oliveira, conhecido como “Rei do bitcoin”, é investigado por fraude bilionária
Reprodução/RPC
Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”, foi condenado nesta terça-feira (12) pela Justiça Federal do Paraná por estelionato e crimes contra o sistema financeiro nacional.
O juiz Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª vara federal de Curitiba, determinou pena de 8 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, além de pagamento de multa. Na sentença, porém, o juiz absolveu o réu dos crime de associação e organização criminosa.
Também são réus na ação a esposa de Cláudio, Lucinara da Silva Oliveira, e Johnny Pablo Santos, tido como braço direito do “Rei do Bitcoin”.
Lucinara foi condenada a dois anos e cinco meses de reclusão em regime aberto pelo crime de organização criminosa. Ela também terá que pagar multa à Justiça. Santos, por sua vez, foi absolvido de todos os crimes pelos quais foi denunciado.
O g1 Paraná entrou em contato com a defesa de Cláudio, que não respondeu aos questionamentos até a última atualização deste texto. A reportagem tenta contato com os demais envolvidos.
Fraude bilionária
O “Rei do Bitcoin” é acusado de cometer uma fraude de R$ 1,5 bilhão em simulações de negociações de criptomoedas. Segundo as investigações, cerca de 7 mil pessoas foram vítimas de um golpe realizado por corretoras controladas por ele.
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Outras cinco pessoas ligadas ao Grupo Bitcoin Banco, controlado por Cláudio José de Oliveira, também foram denunciadas por envolvimento nas fraudes. Porém, o juiz federal entendeu que os crimes deles devem ser julgados pela Justiça estadual.
Como a investigação começou
As corretoras ligadas ao “Rei do Bitcoin” passaram a ser investigadas em 2019, após o proprietário registrar um boletim de ocorrência afirmando que havia sido vítima de um ataque cibernético. À época, os valores de todos os credores foram bloqueados pela empresa.
Com o passar das investigações e com a falta de colaboração do proprietário da empresa, a Polícia Civil e o Ministério Público desconfiaram que o ataque cibernético era falso e que o grupo havia cometido crimes, como estelionato.
Após denunciarem o suposto ataque cibernético, o grupo suspeito prometeu aos credores que devolveria os valores bloqueados em parcelas. Apesar disso, segundo a PF, os valores nunca foram quitados.
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De acordo com a Polícia Federal, Cláudio José de Oliveira é um “habilidoso estelionatário, que mantinha ao seu redor pessoas ignorantes aos assuntos que o criminoso dizia dominar, especialmente relacionados à engenharia financeira do Grupo Bitcoin Banco”.
As investigações apontam que o grupo se aproveitou de uma ordem de recuperação judicial para interromper as ações cíveis que a empresa respondia. Durante o processo, segundo a PF, o grupo prestou informações falsas e enganou o Judiciário.
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Prisão
Cláudio José, a esposa e outros suspeitos de integrarem o esquema foram presos em junho de 2021 em uma operação deflagrada pela PF para investigar o caso. Todos os suspeitos, exceto Cláudio, foram liberados na sequência.
Segundo a polícia, o casal ostentava bens de luxo e faziam grandes eventos para atrair investidores. Conforme a PF, o líder do grupo possui uma condenação na Suíça por crimes de estelionato e falsificação de documentos.
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