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Sob críticas, aliados de Le Pen baixam tom sobre proposta de proibir véu usado por muçulmanas na França

Emmanuel Macron aparece nas pesquisas com 56% dos votos, uma alta de 0,5 ponto em relação ao dia anterior, e de 3 pontos em relação ao primeiro turno. Macron e Le Pen disputam o segundo turno na França
Aliados de Marine Le Pen, que disputa a presidência da França com Emmanuel Macron, afirmaram nesta segunda-feira (18) que um plano para proibir os hijabs, peça de vestuário de mulheres muçulmanas só seria implementado aos poucos e seria determinado pelos parlamentares.
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Dessa forma, eles baixam o tom sobre a proposta. A votação do segundo turno está prevista para o próximo domingo (24).
O programa de Le Pen tem sido examinado com atenção nos últimos dias da campanha eleitoral —especialmente os trechos com propostas mais radicais, de extrema direita.
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Louis Aliot, prefeito da cidade de Perpignan e ex-companheiro de Le Pen, disse em entrevista à rádio France Inter que a proibição aos hijabs seria uma das várias ferramentas políticas para combater o islamismo, mas que sua implementação precisaria acontecer de maneira progressiva.
Marine Le Pen em evento de campanha, em 8 de abril de 2022
Lionel Bonaventure/AFP
A proibição deveria se destinar primeiramente aos serviços estatais, disse, antes de ser ampliada aos poucos. “Haverá um debate no Parlamento, e então a escolha será tomada”, disse.
Outro aliado de Le Pen, David Rachline, prefeito da cidade mediterrânea de Frejus, também pareceu atenuar sua postura em relação à questão. “Não queremos atacar pessoas… todas as mulheres utilizando hijabs não são islamistas”, disse.
Para Le Pen, hijab é uniforme
Le Pen havia dito anteriormente que o hijab não podia ser encarado como um sinal da crença religiosa de uma pessoa, mas como um “uniforme islamista”, que precisava ser banido do espaço público francês.
Le Pen nunca esteve tão próxima da presidência francesa, mas seu desempenho nas pesquisas de opinião parece ter se estagnado após o primeiro turno, especialmente depois que Macron intensificou sua campanha.
As principais pesquisas ainda mostram Macron como o provável vencedor, ainda que com uma margem estreita.
Uma pesquisa Ipsos conduzida para a rádio France Info e o jornal “Le Parisien” publicada nesta segunda-feira mostrou Macron com 56% dos votos, uma alta de 0,5 ponto em relação ao dia anterior, e de 3 pontos em relação ao primeiro turno.
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