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Governo sobe estimativa de inflação para quase 8% em 2022 e mantém estável projeção de alta do PIB

Projeções constam no Boletim Macroeconômico, divulgado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia. O Ministério da Economia elevou novamente a estimativa de inflação para este ano para quase 8%, ao mesmo tempo em que manteve estável a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 em 1,5%.
As informações constam do Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (19) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.
Em novembro do ano passado, a estimativa do governo era de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, somasse 4,7% em 2022. Já em março, a projeção subiu para 6,55% neste ano.
Nesta quinta-feira, o governo elevou a expectativa de inflação para 7,9% em 2022. A previsão do Ministério da Economia está em linha com a última estimativa do mercado financeiro, divulgada no começo de maio, de uma alta de 7,89%.
Mais cedo nesta quinta-feira, o ministro Paulo Guedes afirmou que o Brasil já saiu do “inferno” da inflação, ao contrário de países desenvolvidos – que mostram aceleração dos preços.
Para 2023, a projeção do Ministério da Economia subiu de 3,25% para 3,60%. Para o próximo ano, a meta foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
Novo estouro da meta
Se confirmada a previsão do governo para a inflação em 2022, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.
Para 2022, o objetivo central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. O valor foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para alcançar a meta, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic. Atualmente, o juro está em 12,75% ao ano, o maior patamar em mais de cinco anos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação em abril registrou alta de 1,06%, a maior para o mês desde 1996. Em doze meses, o IPCA somou 12,13%.
Produto Interno Bruto
Além de manter a estimativa de alta do PIB deste ano estável em 1,5%, o Ministério da Economia também não alterou a projeção de crescimento de 2023 – que segue em uma expansão de 2,5%.
O Ministério da Economia informou que há uma melhora da atividade local nos últimos meses diante de surpresas positivas das pesquisas mensais de atividade e mercado de trabalho. Acrescentou que isso acontece a despeito da deterioração nas projeções do PIB nas principais economias do mundo.
“A revisão baixista atinge as principais economias globais, com perda de fôlego em países como os Estados Unidos, China, Reino Unido, México e a região da Zona do Euro”, afirmou.
A melhora no desempenho do PIB brasileiro, acrescentou o Ministério da Economia, acontece, em grande medida, pela “retomada do setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que tem se refletido na robusta recuperação do mercado de trabalho”.g1 > EconomiaRead More

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