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Terremoto no Afeganistão: Talibã pede ajuda à ONU, e EUA devem auxiliar famílias afetadas

ONU diz que Talibã pediu ajuda para continuar buscas por desaparecidos. Número de mortos passa de 1.000. Mais cedo, governo afegão falou de risco de ‘desastre humanitário’. Área montanhosa e remota é o principal desafio nas buscas, que ainda não chegaram a todos os vilarejos afetados. Terremoto no Afeganistão deixa mil mortos e 1.500 feridos
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Horas depois do terremoto que deixou mais de mil mortos na madrugada desta quarta-feira (22) no Afeganistão, a Organização das Nações Unidas (ONU) e países do Ocidente começaram a anunciar ajudas a Cabul.
O governo do país, comandado desde agosto do ano passado pelo Talibã, anunciou mais cedo que não tem recursos suficientes para continuar realizando buscas e apoio a feridos e pessoas que perderam suas casas.
O porta-voz do escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitário, Jean Laerke, afirmou que o Talibã entrou em contato com a organização pedindo ajuda.
Vilarejo parcialmente em ruínas por conta do terremoto que atingiu o leste do Afeganistão, em 22 de junho de 2022.
Bakhtar via AFP
Segundo Laerk, outras agências da ONU também estão “acompanhando a situação”, mas a dificuldade de acesso à área do terremoto, no leste do país, na fronteira com o Paquistão, dificulta o envio de ajuda.
Já a Casa Branca afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, determinou que os órgãos de ajuda humanitária do governo enviem uma operação ao Afeganistão para apoiar afetados pelos tremores.
Mais cedo, o governo do Afeganistão falou em risco de desastre humanitário e pediu ajuda de qualquer lado.
“Pedimos às agências de ajuda que proporcionem assistência imediata às vítimas do terremoto para evitar um desastre humanitário”, afirmou o vice-porta-voz do governo, Bilal Karimi.
Helicóptero chega em vilarejo atingido por terremoto no Afeganistão
O desastre ocorre em um momento em que o Afeganistão enfrenta uma grave crise econômica, desde que o Talibã assumiu o poder em agosto do ano passado quando as forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos se preparavam para se retirar após duas décadas de ocupação militar.
“Já há a crise econômica bem forte no Afeganistão, com inflação alta, o que faz com que muitas famílias afegãs não estã conseguido colocar comida à mesa. E claro que uma catástrofe dessas não ajuda a melhorar a situação”, afirmou a porta-voz da Cruz Vermelha no país, Lucien Christien.
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