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6 meses da Guerra na Ucrânia em 6 mapas: entenda a estagnação da invasão da Rússia

Tropas em Donetsk e Luhansk demonstram cansaço e dificuldade em avançar sobre o território ucraniano. Rússia busca obter controle administrativo sobre as regiões invadidas. Guerra na Ucrânia: relembre cenas marcantes nos 6 meses da invasão russa
No dia 24 de fevereiro — há 6 meses, portanto — começou o que o Kremlin chama de “operação especial” na Ucrânia, mas que o resto do mundo identificou como uma guerra ou invasão daquele país.
Com a alegação inicial de que queria “desnazificar” o território vizinho, tropas russas bombardearam dezenas de alvos militares e civis em praticamente todo o território ucraniano, diante de uma comunidade internacional talvez já não surpresa com a agressão, mas ainda assim estupefata pela amplitude da ação.
A superioridade militar russa era esperada, já que há anos Moscou exibia seus “músculos” em grandes desfiles e exibições de equipamentos bélicos. No entanto, o rumo tomado pela operação em seguida parece não ser o esperado pelos generais de Vladimir Putin, como se verifica nos seis mapas a seguir.
A invasão começou em um ritmo acelerado e, no final do primeiro mês, a Rússia havia dominado porções importantes e o mapa da guerra estava assim:
(Mova a linha branca para comparar os mapas)
Depois, veio um longo período de estagnação que se mantém até hoje. Após diversas investidas frustradas para dominar grandes cidades, como a capital Kiev e Kharkiv, tropas russas concentraram o foco da batalha no leste ucraniano e o mapa de domínio russo está praticamente igual desde abril:
As frentes de batalha se concentram atualmente em três pontos. Veja abaixo os mapas que mostram onde as tropas russas estão tendo dificuldade em avançar:
Donetsk e Luhansk
Mapa mostra como está a guerra em Donetsk e Luhansk
g1
Tropas das duas regiões separatistas que foram o estopim da guerra demonstram cansaço e dificuldade em avançar sobre o território ucraniano.
Segundo análise do Institute for the Study of War e do Critical Threats, dois órgãos que estudam em detalhes a guerra desde o seu início, essa é frente de batalha mais ativa. No entanto, há relatos de tropas que estão recusando continuar a lutar nesses locais.
Kharkiv
Mapa mostra o confronto na região de Kharkiv
g1
A segunda maior cidade da Ucrânia chegou a ser cercada e quase foi dominada pelas tropas russas no primeiro mês de guerra. O foco mudou após uma aparente desistência da Rússia em dominar a capital Kiev. As tropas que estavam alocadas para esse eixo foram reposicionadas para o leste da Ucrânia.
A batalha continua com bombardeios constantes, mas sem a força que tinha no início, quando chegou a atacar dezenas de alvos civis em poucos dias, como uma torre de TV e um prédio de administração pública.
Zaporizhzhia
Mapa mostra conflito em Zaporizhzhia
g1
Região onde fica a maior usina nuclear da Europa está sob domínio russo atualmente e isso tem gerado grande preocupação internacional.
A Ucrânia declarou que a Rússia faz do complexo um escudo, mas isso não impediu que novos ataques fossem feitos próximos de Zaporizhzhia. Os dois países se acusam mutuamente pelos ataques.
O domínio dessa região é também uma vantagem estratégica por ter controle da produção e distribuição de energia.
Crimeia
Mapa mostra a guerra na região da Crimeia
g1
Apesar de ser uma região de conflito bastante anterio — a Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014 –, somente nas últimas semanas se tornou uma frente de batalha. Ataques feitos pela Ucrânia a um aeroporto surpreenderam turistas que estavam em um resort, aparentemente alheios à guerra. Agora, as tropas russas demonstram dar mais atenção ao território.
Próximos passos
As áreas ocupadas pela Rússia buscam consolidar o domínio através de controle administrativo do local. Em Kherson, uma das cidades dominadas desde o início da invasão, o governo russo indicou um prefeito sem qualquer tipo de consulta pública. Movimentos semelhantes são vistos em outras cidades e também aconteceu na Crimeia em 2014. No entanto, enfrentam resistência do povo ucraniano.
O IFSW acredita que serão feitos referendos para validar a administração russa e para que a população diga se quer ou não ser anexada à Rússia, ou seja, o governo russo planeja concentrar esforços para legitimar a invasão que começou em 24 de fevereiro.
Apesar da estagnação no avanço do domínio russo, e da dificuldade da Ucrânia em recuperar seus territórios, a guerra continua matando muitos civis e militares, além de deixar dezenas de cidades destruídas. E como disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em junho, “devemos nos preparar para o fato de que ela pode durar anos”.g1 > MundoRead More

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