Atual presidente da Angola é declarado vencedor das eleições no país, mas oposição tem melhor resultado
João Lourenço, do MPLA, que governa o país desde sua independência de Portugal, venceu pleito, realizado há duas semanas. Unita, sigla da oposição, teve o melhor desempenho de sua história e alcançou 43,95% dos votos. Resultado definitivo foi anunciado nesta segunda. Mulher é vista na frente da bandeira de Angola, em 21 de agosto
Siphiwe Sibeko/REUTERS
O atual presidente da Angola, João Lourenço, foi declarado nesta segunda-feira (29) vencedor das eleições no país. O resultado das eleições, realizadas na Angola há duas semanas, foi divulgado pela Comissão Eleitoral, que apontou também o melhor desempenho da oposição na história.
Desde a independência da Angola de Portugal, em 1976, o país – a segunda maior população lusófona do mundo – é governado pelo MPLA, partido de João Lourenço.
Apesar de perder, o Unita, sigla da oposição, teve o melhor desempenho de sua história, com 43,95% dos votos. Já o partido do atual presidente conseguiu 51,17%. A margem é a mais apertada desde a independência de Angola.
Um resultado parcial já havia sido divulgado pela comissão eleitoral no sábado (27), também indicando a vitória do partido governista.
Motociclista passa diante de cartaz do atual presidente da Angola, em 23 de agosto de 2022.
Siphiwe Sibeko/ Reuters
O principal adversário do atual presidente era Adalberto Costa Júnior, de 60 anos, do Unita, que durante a campanha conquistou a simpatia de boa parte dos jovens nas grandes cidades, menos leais ao MPLA que os mais velhos.
Os jovens votaram em peso em Costa Júnior.
Angola tem a segunda maior população lusófona do mundo, atrás do Brasil, é o segundo maior produtor de petróleo da África e uma das nações mais desiguais do planeta.
O país viveu uma guerra civil de 27 anos. O conflito começou em 1975, após a independência de Portugal. Os grupos Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) se enfrentaram até 2002. O saldo foi de mais de 500 mil pessoas mortas.g1 > MundoRead More
