Gibraltar recebe 63 ofertas por iate confiscado de oligarca russo
O iate ‘Axioma’ tem 72 metros de comprimento e bandeira maltesa, construído em 2013 e capaz de acomodar 12 pessoas em 6 cabines, além de 20 tripulantes, conforme ficha técnica fornecida pelo leiloeiro. Imagem do iate Axioma atracado em um porto em Gibraltar
Jon Nazca/Reuters
O território de Gibraltar recebeu 63 ofertas pelo do iate do magnata russo Dimitri Pumpianski no leilão para vender a embarcação, informou nesta terça-feira (23) o gabinete do marechal do Almirantado, autoridade judicial marítima de Gibraltar.
O barco foi apreendido por autoridades britânicas em março, após a invasão russa da Ucrânia como uma forma de sancionar o magnata russo.
Iate de oligarca russo é leiloado em Gibraltar
O iate “Axioma” tem 72 metros de comprimento e bandeira maltesa, construído em 2013 e capaz de acomodar 12 pessoas em 6 cabines, além de 20 tripulantes, conforme ficha técnica fornecida pelo leiloeiro.
O leilão não inclui itens como o suporte de garrafas em seu bar, que vale mais de 150 mil euros (R$ 762 mil), de acordo com uma audiência no tribunal.
Denúncia de banco
A embarcação foi apreendida por por Gibraltar após uma denúncia apresentada pelo banco americano JP Morgan.
O banco concedeu, em dezembro, um empréstimo de 20,5 milhões de euros (R$ 104 milhões) a uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, cujo acionista era uma empresa de Chipre detida por Pumpianski.
O banco considerou que a inclusão do oligarca na lista de personalidades russas sujeitas a sanções britânicas constituía, entre outras coisas, uma violação do contrato de empréstimo.
As sanções levaram ao congelamento dos bens dos afetados, o que compromete o reembolso dos empréstimos.
Por isso, o JP Morgan recorreu às autoridades de Gibraltar para apreender o iate, que havia sido registrado como uma das garantias do empréstimo.
Magnata russo
Pumpianski, dono da gigante de oleodutos TMK, é alvo de sanções da União Europeia desde a invasão russa da Ucrânia.
Vários países, como Espanha, Itália e França, confiscaram iates de oligarcas russos como parte das sanções europeias.
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