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Investimentos estrangeiros diretos somam US$ 39,7 bilhões até maio, maior valor em 11 anos, diz BC

Rombo nas contas externas somou US$ 15,5 bilhões no acumulado deste ano, com alta de 46,5% contra o mesmo período do ano passado, informou a instituição. Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 39,71 bilhões de janeiro a maio deste ano, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central.
Segundo a instituição, isso representa uma alta de 52% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando somaram US$ 26,13 bilhões.
Este também é o maior ingresso, para os cinco primeiros meses de um ano, desde 2011 — quando somou US$ 41,94 bilhões. Ou seja, trata-se da maior entrada em onze anos.
Somente em maio, porém, a entrada de investimentos estrangeiros no país somou US$ 4,483 bilhões, o menor valor deste ano. Em fevereiro e abril, por exemplo, superou a marca dos US$ 11 bilhões.
Em todo o ano passado, os investimentos estrangeiros no país totalizaram US$ 46,441 bilhões. A previsão do BC é de que, em 2022, eles cheguem a US$ 55 bilhões.
Contas externas
Ainda segundo o Banco Central, as contas externas do país registraram um déficit de US$ 15,54 bilhões nos cinco primeiros meses do ano. O resultado representa aumento de 46,5% no rombo na comparação com o mesmo período de 2021 (-US$ 10,61 bilhões).
O resultado em transações correntes, um dos principais indicadores sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
Só no mês de maio as contas externas brasileiras registraram um rombo de US$ 3,5 bilhões. No mesmo período do ano passado, o resultado negativo somou US$ 2,5 bilhões.
De acordo com o BC, o aumento no déficit das contas externas na parcial de 2022 está relacionada, principalmente, a uma piora na conta de serviços (mais gastos no exterior, incluindo viagens) e de renda (aumento das remessas pelas empresas).
Para todo ano de 2022, a expectativa do Banco Central é de uma melhora nas contas externas. A estimativa da instituição é de um superávit de US$ 4 bilhões. Se confirmado, será o primeiro saldo positivo desde 2007.
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