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Kiev reconhece a morte de 9.000 soldados na guerra, três vezes mais que balanço anterior.

Em estimativa anterior, em abril, Zelensky falou de 3.000 baixas. Balanço atual foi feito pelo comandante do Exército. Invasão da Rússia à Ucrânia completará meio ano na quarta-feira (24). Soldados se movimentam pelo interior da Ucrânia durante conflito com a Rússia
MIGUEL MEDINA / AFP
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A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (22) que cerca de 9.000 de seus soldados foram mortos desde o início da invasão russa há seis meses, enquanto a União Europeia estuda uma missão de “treinamento” do exército ucraniano diante de uma “guerra que dura”.
Ao discursar em um fórum em Kiev, o comandante em chefe do Exército ucraniano, o general Valery Zaluzhny, disse que as crianças ucranianas precisam de atenção especial porque seus pais foram seguiram o ‘front’ e “provavelmente estão entre os quase 9.000 heróis que foram mortos”.
Esta é uma das raras declarações de oficiais ucranianos sobre as perdas militares nesta guerra, iniciada em 24 de fevereiro por Moscou.
A estimativa anterior data de meados de abril, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mencionou o número de 3.000 soldados ucranianos mortos e cerca de 10.000 feridos desde o início da ofensiva russa.
Enquanto muitos países europeus estão fornecendo equipamentos militares para a Ucrânia, a UE planeja organizar uma missão de “treinamento e assistência” ao exército ucraniano que ocorrerá em países vizinhos, informou o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell.
A proposta será discutida na próxima semana em Praga no Conselho de ministros da Defesa dos países-membros da UE.
‘Guerra que dura’
“Uma guerra que dura e parece que vai durar exige um esforço não só de fornecimento de equipamentos, mas também de treinamento e ajuda na organização do exército”, comentou Borrell em entrevista coletiva na Espanha.
“Estamos diante de uma guerra em larga escala, uma guerra convencional com meios extraordinariamente grandes e centenas de milhares de soldados”, explicou.
“Esta não é uma guerra pequena”, insistiu o alto representante da UE, de nacionalidade espanhola.
“Dez milhões de ucranianos deixaram seu país, é como se 20% dos espanhóis tivessem deixado a Espanha”.
“Estamos em um momento em que a frente está se estabilizando. Mesmo que o exército russo continue tentando ofensivas (limitadas), vemos uma perda de ímpeto; Moscou está em posição defensiva em grande parte da frente e parte de sua retaguarda na Ucrânia”, comentou à agência de notícias France Presse o pesquisador do Instituto Francês de Relações Internacionais (IFRI) Dimitri Minic.
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Dois aviões do exército dos Estados Unidos sobrevoarão vários países do sudeste da Europa nesta segunda-feira em uma nova demonstração de força para assegurar o “compromisso” americano ao lado dos membros da Otan no contexto da guerra na Ucrânia, anunciou por sua vez o comando americano.
Bombardeiros B-52 Stratofortress baseados no Reino Unido também realizaram “sobrevoos em baixa altitude no sudeste da Europa”, explicou o Exército em comunicado.
No campo de batalha, o ministério da Defesa russo anunciou nesta segunda-feira (22) que suas tropas mataram até cem soldados ucranianos em três localidades diferentes na região de Donetsk, além de 30 na região de Zaporozhzhia e 50 na região de Mykolaiv, no leste da Ucrânia.
Dezenas de veículos blindados ucranianos foram destruídos, junto com oito postos de comando, um lançador de mísseis antiaéreos Buk-M1 e seis depósitos de armas e munições para foguetes e artilharia, segundo o ministério.g1 > MundoRead More

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