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Líderes ocidentais pedem inspeção e alertam contra operações militares perto de usina nuclear ucraniana

Aumento dos combates ao redor da usina nuclear no sul da Ucrânia levantou o espectro de uma catástrofe pior que Chernobyl. Um possível acidente nuclear seria equivalente a 10 vezes o do desastre de Chernobyl. Prédio administrativo da Usina Nuclear de Zaporizhzhia foi atingido por ataque russo na cidade de Enerhodar, na Ucrânia, no dia 4 de março de 2022
National Nuclear Energy Generating Company Energoatom/Reuters
Os presidentes Joe Biden (EUA) e Emmanuel Macron (França), o chanceler Olaf Scholz (Alemanha) e o primeiro-ministro Boris Johnson (Reino Unido) pediram, em uma conversa telefônica entre eles, o envio rápido de uma missão de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) à Usina Nuclear de Zaporizhzhia. A declaração conjunta foi divulgada em comunicado pela Casa Branca neste domingo (21).
O intuito da missão, cuja operação não foi detalhada, é realizar atividades de segurança e proteção no local. O comunicado também reafirma a necessidade de evitar operações militares em locais próximos da usina.
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“Os líderes afirmaram seu apoio contínuo aos esforços da Ucrânia para se defender contra a agressão russa. Eles também discutiram a situação na Usina Nuclear de Zaporizhzhya, incluindo a necessidade de evitar operações militares perto da usina e a importância de uma visita da AIEA o mais rápido possível para verificar o estado dos sistemas de segurança”, diz o comunicado.
A usina, a maior da Europa, foi ocupada em março por tropas russas. Mas, nas últimas semanas, o local começou a sofrer bombardeios, o que elevou o risco de um acidente nuclear. A IAEA já havia apontado, na semana passada, que o risco de um acidente nuclear na usina é muito alto, o que gerou fortes preocupações entre a comunidade internacional.
O aumento dos combates ao redor da usina nuclear no sul da Ucrânia levantou o espectro de uma catástrofe pior que Chernobyl. Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente pela responsabilidade dos ataques.
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Na sexta-feira (19), Macron afirmou que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, havia aceitado que os inspetores da AIEA visitassem a fábrica.
Durante as conversas por telefone neste domingo, os quatro líderes ocidentais também “concordaram que o apoio à Ucrânia será mantido, em defesa contra a agressão russa”.
Situação e ameaças contra a usina
A usina nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa e está sob domínio das forças russas desde março. O complexo foi bombardeado no começo do mês. Ucrânia e Rússia se acusam mutuamente pela autoria do ataque. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), essa é a primeira vez que há uma guerra em um país que tem uma rede de energia nuclear grande e estabelecida. O órgão já alertou que “há um risco muito real de desastre nuclear”.
Na pior das hipóteses, um possível acidente nuclear seria equivalente a 10 vezes o do desastre de Chernobyl, embora Zaporizhzhia seja mais segura.
“A Rússia poderia negar esse ataque e ficaria um jogo de versões”, explica Vitelio Brustolin, pesquisados das faculdades de Direito e História da Ciência de Harvard. “Ninguém saberia ao certo quem atacou de fato.”
O funcionamento da usina tem sido mantido por ucranianos rendidos por soldados russos.g1 > MundoRead More

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