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Coreia do Sul propõe diálogo com o Norte sobre reuniões familiares

Seul alega que o tempo está ficando mais escasso, principalmente para os idosos. Novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante evento em Seul em 10 de maio de 2022
Lee Jin-man/Pool via REUTERS
Seul propôs nesta quinta-feira (8) um diálogo com Pyongyang para a retomada das reuniões de milhares de famílias separadas pela guerra da Coreia, depois de alertar que o tempo está acabando para os mais idosos.
Milhões de pessoas foram separadas pelo conflito ocorrido entre 1950 e 1953.
As hostilidades terminaram com um armistício, e não com um tratado de paz, o que significa que Norte e Sul permanecem tecnicamente em guerra. A península está dividida pela Zona Desmilitarizada (DMZ) e a proibição de qualquer interação entre civis.
“O governo sul-coreano propõe hoje manter conversações com o Norte para discutir a questão das famílias separadas”, disse o ministro da Unificação, Kwon Young-se.
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, durante evento em Pyongyang
KCNA via REUTERS
“Vamos abordar este diálogo com uma mente aberta e levar em consideração as preferências do Norte, incluindo a data, sede, agenda e formato das negociações de maneira positiva”, acrescentou.
O ministrou advertiu que o tempo está acabando para quase 40.000 pessoas com mais de 80 ou 90 anos, faixa etária que registra uma taxa de quase 400 mortes por mês.
A proposta foi anunciada em um momento de grande tensão entre Norte e Sul, depois que Pyongyang acusou Seul pelo surto de covid-19 em seu território e ameaçou adotar represálias.
As duas partes já organizaram encontros ocasionais sobre reuniões familiares há vários anos, de acordo com o clima político.
Reencontro uniu familiares das Coreias do Sul e do Norte após mais de 60 anos de separação
The Korea Press Photographers Association/AFP
O último encontro aconteceu em 2018, em um período de aproximação entre Seul e Pyongyang, quando o então presidente sul-coreano Moon Jae-in mediou as negociações entre o ex-presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Mas as negociações nucleares de Kim e Trump foram interrompidas em 2019 por divergências sobre a retirada de sanções o que a Coreia do Norte estava disposto a ceder em troca.
Desde então, Pyongyang se distanciou de Seul e executou vários testes de armas, incluindo o disparo de um míssil balístico intercontinental de pleno alcance pela primeira vez desde 2017.g1 > MundoRead More

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