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Debate da Assembleia Geral da ONU começa sem Biden; guerra da Ucrânia deve dominar a reunião

O presidente Joe Biden, dos EUA, só vai fazer seu discurso na quarta-feira (21), porque ele viajou para Londres para o funeral da rainha Elizabeth II. Bandeiras hasteadas do lado de fora da sede das Nações Unidas durante a 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em 28 de setembro de 2019.
AP Photo/Jennifer Peltz, File
A invasão da Ucrânia pela Rússia e uma crise global de alimentos devem ser os principais temas comuns a serem abordados pelos líderes de Estado durante a discussão da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (20). São esperados 193 líderes no encontro.
A reunião não deve ter nenhum efeito na guerra.
“Seria inocente imaginar que estamos próximos da possibilidade de um acordo de paz”, di Antonio Guterres, o secretário-geral da ONU.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que outros países expressaram a preocupação de que enquanto nos concentramos na Ucrânia, os americanos não estão prestando atenção ao que acontece em outras crises ao redor do mundo. “Esse não é o caso”, disse ela.
Assembleia-Geral da ONU e a expectativa pelo discurso do presidente da Ucrânia
Biden só na quarta-feira
A ordem dos discursos geralmente é a seguinte:
Secretário-geral da ONU
Presidente do Brasil
Presidente dos EUA
No entanto, dessa vez o presidente Joe Biden, dos EUA, só vai fazer seu discurso na quarta-feira (21), porque ele viajou para Londres para o funeral da rainha Elizabeth II.
Mundo dividido
Guterres disse que a divisão geopolítica (entre EUA e países ocidentais, de um lado, e Rússia, do outro) é a mais significativa desde a Guerra Fria. Ele alertou que isso está paralisando a resposta global aos desafios dramáticos que enfrentamos, como guerra, mudança do clima, pobreza, fome e desigualdade.
A Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de grãos e fertilizantes.
A ONU culpa a guerra por agravar a crise alimentar, que já existia por causa das mudanças climáticas e pela pandemia de Covid-19.
Os EUA devem sediar uma cúpula de segurança alimentar com a União Europeia e a União Africana à margem da reunião da ONU, juntamente com uma reunião ministerial do plano de ação global COVID-19 e uma conferência de reposição para o Fundo Global de Combate AIDS, Tuberculose e Malária.
Influência
A maioria dos países da ONU condenou a guerra promovida pela Rússia na Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, seu colega norte-americano, Antony Blinken, e o presidente francês, Emmanuel Macron, visitaram estados africanos nos últimos meses, em uma competição por influência. A África foi atingida com uma fome que deve ser declarada na Somália nos próximos meses.
Macron pretende usar sua visita de dois dias a Nova York para pressionar países que permaneceram neutros na guerra para tentar trazê-los para o Ocidente, disseram autoridades francesas. O foco é na Índia, países do Golfo, África e alguns estados latino-americanos. .
Xi Jinping, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky
A China é a principal parceira estratégica da Rússia. O país está “no muro”: critica as sanções que o Ocidente impôs à Rússia, mas não apoia a invasão e nem endossa a guerra.
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que o presidente da China, Xi Jinping, já afirmou de forma privada que tem preocupações relativas à Ucrânia.
Nem Xi nem Putin vão comparecer: eles enviaram seus ministros de Relações Exteriores para o evento.
Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, vai aparecer em um vídeo já gravado —a ONU permitiu que ele se apresentasse dessa forma na sexta-feira. Dmytro Kuleba, o ministro das Relações Exteriores, deve comparecer (na quinta-feira, ele vai participar de um encontro com ministros das Relações Exteriores da Rússia, EUA e China em Nova York).
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