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‘Diversidade ainda tem padrão e é tratada como cota’: influenciadoras reclamam de ‘inclusão seletiva’ de marcas

Em evento voltado para o mercado de moda e beleza, influenciadoras contaram experiências com ‘publis’ e marketing de grandes marcas. Dani Rudz e Drica Divina durante evento Mynd Beauty Day
Divulgação/Marina Sampaio
Desde que o mundo começou a falar mais sobre inclusão, as caras das marcas em televisão e redes sociais ficaram diferentes.
Mas influenciadores dizem que essa diversidade – que colocou mais pessoas pretas, pardas, gordas e idosas na publicidade – funciona apenas para cumprir uma ‘cota’, em vez de refletir uma verdadeira mudança de como as marcas enxergam essas ‘minorias’.
A influenciadora Dani Rudz
Divulgação/Marina Sampaio
Durante um painel sobre diversidade, ela relatou que ainda encontra dificuldade para participar de campanhas quando já há outras ‘minorias’ presentes.
“Marcas fazem hoje coleção inteira de moda regular com modelos negras, asiáticas, indígenas, mas todas magras. E, quando chega a vez de fotografar a coleção plus size, tem apenas uma modelo que fotografa 10% da coleção e, no site ou no feed do Instagram, por exemplo, vai aparecer uma vez a cada dez linhas”, disse.
Dando uma olhada no feed de algumas grandes redes de vestuário, é possível ver que há pouca diversidade de tamanho de corpos, idade e pessoas com deficiência (veja nas imagens abaixo).
Feed de lojas de roupa no Instagram
Reprodução/Instagram
Feed de lojas de roupa no Instagram
Reprodução/Instagram
Feed de lojas de roupa no Instagram
Reprodução/Instagram
As ‘caixinhas’
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Além disso, influenciadores dizem que as marcas sempre querem colocá-los em caixinhas. Drika Divina fala, entre outras coisas, sobre beleza para mulheres acima de 50 anos.
Ela diz que só é procurada por marcas para falar de cuidados com a pele madura. Mas, para contratos de maquiagem e beleza, ela quase nunca é chamada, mesmo que esses assuntos também façam parte de seu conteúdo.
A influenciadora também reclamou de sempre esperarem que ela sempre “milite” pela beleza madura.
Dani também tem mais contratos publicitários de nicho do que “gerais”. E, dentro do mercado plus size, também existe uma preferência pelas modelos curvilíneas, com manequins até 50. Já as gordas maiores, acima de 52, aparecem menos.g1 > EconomiaRead More

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