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Número de denúncias de agressões sexuais no exército dos EUA alcança nível recorde

Cerca de 36 mil militares teriam sofrido contatos sexuais indesejados, desde toques até estupros, o que representa um aumento de 35% em relação ao ano anterior. Soldados recém-graduados curvam a cabeça durante cerimônia de comissionamento no Museu Nacional do Corpo de Fuzileiros Navais em Triangle, Virgínia.
Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
O número de denúncias de agressões sexuais no exército dos Estados Unidos cresceu 13% em um ano e atingiu um nível recorde em 2021, aponta o relatório anual do Pentágono, divulgado nesta quinta-feira.
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De acordo com o Escritório de Prevenção e Resposta à Agressão Sexual (Sapr, sigla em inglês) do Departamento de Defesa, 8.866 agressões e crimes sexuais foram denunciados no ano passado, contra 7.816 em 2020. Houve uma breve estabilidade nos números até o ano passado.
Uma porção pequena das agressões sexuais é denunciada. Segundo uma investigação mais ampla feita pelo Sapr, cerca de 36 mil militares teriam sofrido contatos sexuais indesejados, desde toques até estupros, no exercício fiscal concluído em março de 2021, o que representa um aumento de 35% em relação ao ano anterior.
O escritório estimou uma taxa de prevalência de agressões sexuais, denunciadas ou não, de 8,4% em mulheres e 1,5% para homens em 2021.
“Essas cifras são trágicas e extremamente decepcionantes”, disse Beth Foster, diretora do escritório a cargo do bem-estar das Forças Armadas americanas, ao destacar a taxa de prevalência mais alta já detectada em mulheres.
Outras forças armadas
As denúncias aumentaram de 26% no Exército, contra 19,2% na Marinha e 2% na Força Aérea e no corpo de marines.
“Esse relatório mostra com uma precisão terrível que as agressões sexuais e o assédio continuam sendo problemas persistentes e destrutivos para nossos soldados”, afirmou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em mensagem ao alto comando militar.
Veja abaixo um vídeo sobre o treinamento de soldados americanos.
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O presidente Joe Biden lançou em janeiro uma reforma da justiça militar, para que as agressões sexuais no Exército sejam consideradas crimes. As agressões sexuais, a violência doméstica e as agressões contra menores passam a ser julgadas por uma corte marcial, e a decisão de perseguir os responsáveis será confiada a promotores especializados, e não mais à cadeia de comando.g1 > MundoRead More

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