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Abayomi: conheça a boneca de pano usada pelas mães escravizadas para reencontrarem seus filhos

Quilombo Cafundó mantém produção da boneca, que foi a primeira do tipo a entrar no Brasil e representa luta e ancestralidade. G1 visitou a comunidade localizada em Salto do Pirapora. Abayomi, a boneca de pano que representa luta e ancestralidade para quilombolas
No período de escravidão no Brasil, que durou até 1888, mães e filhos trazidos da África eram separados após chegarem ao país. Na esperança de um dia se reencontrarem, as mulheres tiveram a ideia de dar uma pista às crianças sobre de onde vieram: uma boneca de pano.
O g1 foi até Salto do Pirapora conhecer o quilombo Cafundó e aprender sobre a história da abayomi, a primeira boneca de pano a chegar ao Brasil. Confira no vídeo acima.
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Ainda no navio negreiro, as mães cortavam pedaços de suas saias e faziam a boneca dando nós para formarem as mãos, cabeças e pés. Antes da separação, o brinquedo era entregue aos filhos.
Com a boneca, o tipo tecido e a estampa indicavam de qual região da África a criança teria vindo e, assim, poderia identificar a mãe um dia.
Boneca abayomi
Fabio Tito / g1
Abayomi significa “o melhor de mim para ti”, explica uma das artesãs do quilombo Lucimari Aguiar.
Ao longo do tempo, a boneca continuou sendo feita nas senzalas como forma de amuleto e hoje é produzida pelos descendentes dos escravizados como um símbolo da resistência.
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