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‘Única Copa que o Brasil perdeu e não fiquei triste’, diz pai de menina que nasceu no dia do 7 a 1

Professor de Taquaritinga (SP) não viu o jogo, mas afirma que resultado não afetou emoção pelo nascimento da pequena Maria Antônia. Família de Taquaritinga, SP, lembra nascimento de criança em goleada do Brasil
O professor e paratleta de Taquaritinga (SP) Paulo Andrade de Almeida Júnior se lembra do dia da derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, com muita alegria. Fã de futebol, a boa recordação não tem relação com nada do que aconteceu no Mineirão no fatídico 8 de julho. É que no mesmo dia, a 600 km de distância, nascia a filha dele, Maria Antônia.
“Foi a única Copa que o Brasil perdeu que eu não fiquei triste, não deu espaço para tristeza nesse dia. Por mais que foi 7 a 1, por mais que ninguém esperava, eu estava tranquilamente de boa. Os amigos mandavam parabéns pela Maria ter nascida, mas falavam: ‘que dia, estou arrasado, mas parabéns’. Eu falava: ‘obrigado, mas estou muito bem'”, conta.
Pai comemorou nascimento da filha no 7 a 1 da Copa de 2014; Taquaritinga
Sérgio Oliveira/EPTV
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Naquele dia, Paulo foi com a esposa Andrea Cristina Evangelista dos Santos pela manhã à maternidade na cidade do interior paulista. Com contrações, a mãe deu à luz à Maria Antônia pouco antes do início do jogo. Ela se recorda que, no hospital, a equipe médica estava apreensiva para a semifinal do mundial.
“No dia que eu fui para a maternidade o hospital estava quieto, não tinha ninguém, não se ouvia barulho nenhum. Estava totalmente quieto por conta do jogo, todo mundo assistindo e eu sofrendo [com contrações]. Todo mundo na expectativa do jogo e eu na expectativa para o nascimento dela”, diz a mãe.
O casal não conseguiu ver o jogo. Paulo relembra que, quando chegou em casa para descansar, acabou dormindo no sofá. Ele acordou quando o placar estava 5 a 0 para a Alemanha.
“Eu cheguei da maternidade, que eu estava desde manhã, cheguei em casa, deitei no sofá para descansar e dormi. Quando eu acordei e olhei na televisão, estava 5 a 0. Eu gritei para a minha mãe e ela falou que foi uma tragédia. E ainda tomou mais 2. Mas eu estava com peito estufado, feliz da vida. Foi maravilhoso, minha filha nasceu, eu estava totalmente tranquilo, não senti. Via a tristeza nas pessoas, a gente vai no bar, vai no posto, e eu não consegui sentir essa tristeza.”
Oito anos depois, a família está pronta para acompanhar a Seleção Brasileira em mais uma Copa do Mundo, na torcida e na expectativa pelo sexto título mundial.
“Amanhã, contra a Sérvia, é chocolate, se Deus quiser e o Neymar ajudar.”
Família de Taquaritinga lembra do 7 a 1 com alegria, pois foi o dia do nascimento da Maria Antônia
Sérgio Oliveira/EPTV
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