Em acordo de última hora, Israel e Hamas estendem trégua por mais um dia
Pausa foi prorrogada faltando poucos minutos para o fim do prazo de cessar-fogo temporário. Novo acordo vai permitir que mais reféns sejam libertados. Jovem de 18 anos se reencontra com a mãe após ser solto pelo Hamas, em 29 de novembro de 2023
Forças de Defesa de Israel/Reuters
Israel e o Hamas chegaram em acordo para estender a pausa temporária no conflito por mais um dia, nesta quinta-feira (30). O acordo foi fechado poucos minutos antes do fim do último prazo concordado para o cessar-fogo.
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Essa foi a segunda vez que o acordo foi renovado. A pausa, que começou na sexta-feira (24), terminaria na segunda-feira (27), mas acabou sendo prorrogada por mais dois dias após negociações.
Com o novo tratado, a pausa temporária chega ao sétimo dia, com a troca de reféns capturados pelo Hamas por prisioneiros palestinos de Israel. A trégua também permite a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
A extensão do acordo deve permitir que mais reféns sejam libertados pelo Hamas. As vítimas estão sob poder dos terroristas desde o dia 7 de outubro, quando o grupo armado invadiu e lançou um ataque contra Israel, dando início ao conflito.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que o prolongamento da trégua foi possível após os esforços dos mediadores para a libertação dos reféns.
Já o gabinete do primeiro-ministro de Israel afirmou que o país recebeu uma lista de mulheres e crianças que seriam libertadas pelo Hamas, o que permitiu que a pausa fosse estendida.
Os comunicados sobre o acordo foram publicados minutos antes do fim do prazo de cessar-fogo. Tanto Israel quanto Hamas já haviam dito que estavam se preparando para retomar o combate.
Autoridades do Catar disseram que as condições do acordo continuam as mesmas, com a suspensão de hostilidades e entrada de ajuda humanitária para os civis palestinos que vivem em Gaza.
Na quarta-feira (29), o Hamas libertou 16 reféns, enquanto Israel soltou 30 prisioneiros palestinos.
Relembre o que aconteceu
Em 7 de outubro, homens armados do grupo terrorista Hamas atravessaram a cerca da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, mataram 1.200 pessoas e capturaram cerca de 240 pessoas, de acordo com os israelenses.
Nesse mesmo dia, Israel declarou guerra ao Hamas e começou a atacar a Faixa de Gaza.
Cerca de 13 mil habitantes de Gaza foram mortos pelos bombardeios israelenses, sendo 40% deles crianças, segundo autoridades de saúde palestinas, ligadas ao Hamas. Os números não foram checados por alguma entidade independente.
Os serviços de saúde palestinos disseram que tem sido cada vez mais difícil manter uma contagem atualizada, pois o serviço de saúde tem sido prejudicado pelos bombardeios israelenses.
Antes do cessar-fogo de sexta-feira (24), os combates estavam ainda mais intensos do que o normal. Jatos israelenses atingiram mais de 300 alvos, e tropas estavam envolvidas em combates ao redor de Jabalia, ao norte da Cidade de Gaza.
Um porta-voz do exército disse que as operações continuariam até que as tropas recebessem a ordem de parar. Do outro lado da cerca da fronteira em Israel, nuvens de fumaça podiam ser vistas pairando sobre a zona de guerra do norte de Gaza, acompanhadas por sons de tiros pesados e explosões estrondosas.
Israel diz que os combatentes do Hamas usam edifícios residenciais e outros prédios civis, inclusive hospitais, como cobertura. O Hamas nega.
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