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Ministério Público dos EUA diz que agente do governo da Índia contratou assassino de aluguel para matar homem em território americano

Ministério Público dos EUA diz que agente do governo da Índia contratou assassino de aluguel para matar  homem em território americano

 Uma pessoa do governo indiano teria tentado matar em Nova York um separatista sikh, que quer formar um país independente da Índia. Imagem de manifestação em Nova York feita por sikhs que querem separação de Punjab do resto da Índia
Erin Scott/Reuters
O Ministério Público dos Estados Unidos revelou na quarta-feira (29) que descobriu um esquema de uma autoridade do governo da Índia para tentar matar uma pessoa em solo americano – no caso, um sikh, grupo religioso da Índia.
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Parte dos sikhs é separatista, ou seja, quer para eles mesmos um território que hoje pertence à Índia.
Segundo os promotores, o alvo da tentativa de assassinato foi Gurpatwant Singh Pannun, um homem que tem cidadania americana. Ele faz parte de um grupo chamado Sikhs pela Justiça, que tem base em Nova York. Pannun e seus aliados querem um Estado independente onde hoje é a província de Punjab, na Índia, onde vive uma grande população de sikhs. O país independente se chamaria Calistão.
O nome do agente do governo da Índia que teria planejado o assassinato não foi divulgado. De acordo com o MP, ele buscou um homem intermediário, Nikhil Gupta, de 52 anos, para organizar o crime. O funcionário público indiano teria encomendado ainda a morte de uma segunda pessoa, que vive na Califórnia.
Gupta chegou a receber dinheiro para cometer o crime e procurou um assassino de aluguel, dizem os promotores. Ele combinou um pagamento de US$ 100 mil (US$ 15 mil foram pagos de forma adiantada).
O suposto assassino de aluguel, no entanto, era um agente secreto americano disfarçado de sicário.
Gupta foi preso em junho, na República Checa. Ele é acusado de participar de um esquema de conspiração para cometer um assassinato e morte por encomenda.
Apesar de os promotores não terem divulgado o nome do agente de governo da Índia, ele é descrito como um funcionário sênior e que teria orientado o plano de assassinato a partir do território indiano, sem viajar para os EUA.
Relações diplomáticas abaladas
Os EUA querem fortalecer a relação com a Índia porque os dois têm receio de um terceiro país, a China. Por isso, os americanos não podem entrar em um confronto verbal com a Índia.
Na semana passada, um dirigente de governo dos EUA chegou a citar o plano do assassinato do separatista sikh em território americano. Ele chegou a enviar um aviso para a Índia dizendo que sabia que o governo indiano estava envolvido.
O presidente dos EUA, Joe Biden, deu ordens ao diretor da CIA, Bill Burns, para entrar em contato com a agência de inteligência da Índia e falar que os americanos não vão aceitar essas atividades e que esperam que os responsáveis pelo plano de matar um cidadão americano em solo americano sejam levados à Justiça.
Caso no Canadá
Há dois meses, um separatista sikh foi assassinado na cidade de Vancouver, no Canadá.
O governo canadense afirma que há motivos fortes para associar esse caso americano ao assassinato que ocorreu em Vancouver.g1 > Mundo Read More  

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