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Dominante no Tahiti, Medina amplia chances do Brasil nas Olimpíadas; entenda

Dominante no Tahiti, Medina amplia chances do Brasil nas Olimpíadas; entenda

Presença de Gabriel na equipe aumentam as chances de medalha em Teahupoo. Brasileiros vão para Portugal animados após conquistas no Mundial da ISA Mesmo com o Brasil disputando títulos todo ano na WSL, faz muito tempo que uma competição de surfe não nos deixava tão nervosos como o ISA World Games, que definiu as últimas vagas para os Jogos Olímpicos de Paris/Tahiti. Justamente por ser a última chance de aumentarmos nosso time, o roteiro perfeito com final feliz fez a gente levantar-se na frente da TV, gritar, mandar o Gabriel Medina marcar o Vaast nos minutos finais e comemorar muito. O Brasil agora é realmente um fortíssimo candidato a medalha de ouro em Teahupoo.
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Com Medina e Luana, Brasil tem seis surfistas nas Olimpíadas
Gabriel Medina e Time Brasil em Porto Rico, no ISA Games
Sean Evasn / Isa Games
Lógico que teríamos chances com Filipe Toledo e João Chianca, mas é sabido que o bicampeão do mundo tem nas ondas tubulares para esquerda em fundo de corais o seu ponto fraco e não é sabido as reais condições do Chumbinho depois do acidente em Pipeline. Medina, por outro lado, é o surfista mais consistente do mundo em Teahupoo. Em nove participações, o tricampeão mundial fez seis finais, inclusive ano passado, com dois títulos, e tem ainda um terceiro, um quinto e um décimo-terceiro lugares. Nas últimas cinco vezes que competiu lá, chegou a quatro finais (2023, 2019, 2018 e 2017) e uma semi (2016).
Medina sempre entrará na água como talvez o mais forte candidato. Para mim, as principais ameaça são John John Florence, Jack Robinson e Kauli Vaast, que também surfou muito em Porto Rico. O local de Teahupoo é muito bom nos tubos, conhece muito o pico, e ainda mostrou repertório de manobras fortes de borda e bons aéreos. Acredito que vai chegar no CT e tem tudo para brilhar. Em 2022, deu show no Tahiti, pegou tubo até de base trocada, e só parou na final, para o brasileiro Miguel Pupo.
Brasil conquista mais duas vagas extras para as Olimpíadas
Sean Evans / ISA
As emoções em Porto Rico não ficaram restritas ao masculino, com o show de Medina, a excelente atuação de Yago Dora e a boa participação do Filipinho. Jogaram juntos e conquistaram a terceira vaga para o Brasil. No feminino também ficamos sem fôlego até a bateria final. Tatiana Weston-Weeb foi uma guerreira e chegou ao segundo lugar, garantido a terceira vaga para o Brasil.
Tatiana Weston-Webb e Luana Silva se emocionam com vaga extra para as Olimpíadas
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O país chegou a Porto Rico com apenas a Tati classificada, mas Tainá Hinckel, atual campeã brasileira, surpreendeu a todos e garantiu uma das oito vagas que estavam em disputa na competição. Luana Silva, a terceira integrante do time, caiu numa das primeiras fases da repescagem e ganhou a vaga porque o Brasil ficou em primeiro também no feminino.
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A classificação da equipe rendeu uma das imagens mais emocionantes do domingo, com o abraço de Tati e Luana após a final, com as duas chorando copiosamente. As duas são brasileiras que cresceram no Havaí e Tati foi muito importante para a Luana tomar a decisão de passar a competir pelo Brasil, depois de estrear no CT com a bandeira do Havaí nos ombros. Em Pipeline, em 2022, ela conversou com o Boas Ondas e pela primeira vez revelou que poderia passar a competir pelo Brasil.
Em 2022, Luana Silva admitiu pela primeira vez que poderia passar a competir pelo Brasil
Não custa lembrar que Porto Rico já estava na história do surfe brasileiro. Foi justamente no Mundial da ISA de 1985 que surgiram Fabinho Gouveia e Teco Padaratz. Assim como agora, o Brasil foi campeão no geral, com o título de Fabinho e o quinto lugar de Teco. A dupla começou a abrir o caminho para a chegada da Brazilian Storm.
Vamos mudar de cenário e voltar para o CT. Acredito muito que teremos outro Medina a partir de agora na temporada. Ele começou mal no Havaí, mas a vitória, ganhando todas as baterias no Mundial da ISA, é para reconquistar toda a confiança. E outro ponto a favor é que as condições na Praia de Supertubos, em Peniche, podem estar bem parecidas com as que foram encontradas em Porto Rico. Ondas de fundo de areia, com forte influência do vento. Tem diferenças, lógico, mas já pode ter sido considerado um ótimo treino.
É a hora da virada para os brasileiros. Como escrevi no texto anterior, vimos o pior começo de temporada desde 2007. Uma eternidade! Portugal é uma etapa tradicionalmente boa para os brasileiros. Nas últimas cinco disputas, o Brasil venceu quatro: Chumbinho ano passado, Italo Ferreira em 2019 e 2018, e Medina, em 2017. E Tati começou sua recuperação na temporada ao vencer a etapa portuguesa. E tem de ser agora! Quem não for bem em Portugal chegará muito pressionado pelo corte na complicada perna australiana, com as etapas de Bells e Margaret River.
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