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Ana Marcela Cunha: biografia, medalhas, idade, altura e recordes

Ana Marcela Cunha: biografia, medalhas, idade, altura e recordes

Primeira mulher a conquistar um ouro olímpico na história da natação brasileira, a baiana Ana Marcela Cunha chega para a sua quarta participação nos Jogos com nova esperança de medalha Olimpíadas de Paris 2024: quando começa e datas de abertura e encerramento
Filha de pai nadador e mãe ginasta, Ana Marcela Jesus Soares da Cunha nasceu em Salvador, capital da Bahia, em 23 de março de 1992. Pode parecer clichê, mas George Cunha jura que, desde que sua cria ainda estava na barriga da companheira Ana Patrícia Cunha, o casal já sonhava que ela seria esportista no futuro. E não é que acertaram?
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História
A primeira paixão: o cheiro do mar
Desde muito cedo, Ana Marcela deu fortes indícios de que o seu futuro estaria na natação. Criança arteira, chegava a assustar os pais com as brincadeiras na piscina. Nas férias, quando a família se reunia em um clube com acesso ao mar para curtir dias de tranquilidade, a menina engatinhava em direção a areia e deixava George e Ana Patrícia de cabelo em pé.
Ana Marcela Cunha
Ivan Storti
Segundo o pai, a futura maratonista diria tempos depois que “sentia o cheiro do mar”. Antes de dominá-lo, porém, Ana Marcela entrou em uma escolinha de natação para descobrir de vez o seu talento. Se desenvolvendo pouco a pouco, ela iria assombrar a maratona aquática brasileira com apenas 10 anos de idade.
O “choque de realidade”
Em 2001, Ana Marcela passou a treinar no Clube Olímpico de Natação em Salvador e disputou suas primeiras maratonas. Com ótimos tempos, a jovem baiana de 10 anos apresentou um verdadeiro cartão de visitas ao bater duas campeãs sul-americanas na categoria absoluta. Ali, a família viu que era a hora de alçar voos mais altos.
Foi então que um dos primeiros “anjos” da vida da maratonista Ana Marcela Cunha apareceu. Igor de Souza, então supervisor da seleção brasileira de maratonas aquáticas, organizou um evento para jovens competidoras no Rio de Janeiro e a baiana lhe chamou a atenção pela garra e determinação, suas principais características.
Ana Marcela Cunha
Reuters
Se colocando como uma das grandes promessas do esporte, a brasileira disputou o seu primeiro Campeonato Mundial de Natação em Águas Abertas em 2006. Na cidade italiana de Napóles, a jovem Ana Marcela não fez feio e acompanhou o pelotão de frente durante a prova de 5 km. No fim, o Brasil ganharia a prata com Poliana Okimoto.
Mudança para Santos e o início das conquistas
Encantando com o talento da baiana, Igor de Souza voltaria a interferir no futuro da jovem. Em 2007, ele foi um dos responsáveis por levar a Família Cunha para Santos, onde Ana Marcela começou a competir pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA). No ano seguinte, com apenas 16 anos, ela disputou os seus primeiros Jogos Olímpicos.
Em Pequim, na China, a “caçula da natação” terminou na quinta colocação na prova de 10 km. No ciclo até Londres 2012, Ana Marcela foi campeã do circuito Copa do Mundo em 2010 e eleita pela Federação Internacional de Natação (FINA) como a melhor nadadora de águas abertas da temporada, além de levar o prêmio Brasil Olímpico.
Ana Marcela Cunha na prova de 25km das águas abertas
Maddie Meyer/Getty Images
A ascensão sofreria um duro golpe no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2011 realizado em Xangai. A baiana viu as Olimpíadas de Londres escaparem de suas mãos por um pequeno detalhe. Ela terminou a prova de 10 km em 11º lugar, apenas uma posição atrás das dez nadadoras classificadas para a competição.
Mostrando sua força mental, Ana Marcela voltou as águas chinesas apenas dois dias depois para vencer a prova de 25 km, com 5 horas, 29 minutos e 22 segundos, e se tornar a primeira brasileira a conquistar um ouro nos mundiais de maratonas aquáticas.
Medalhas, doença e a glória olímpica
No ciclo para 2016, a maratonista começou a colecionar medalhas nos mundiais: um ouro, duas pratas e dois bronzes. Aos 23 anos de idade se tornou a mulher brasileira com mais medalhas obtidas em campeonatos mundiais de esportes olímpicos. Mas um baque a impediria de brigar por medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro.
Uma das favoritas ao pódio, a baiana terminou em 10.º lugar. Ela afirmou que teve problemas para se alimentar durante a prova e via isso como um dos motivos para não alcançar um bom resultado. Meses depois, descobriu uma doença autoimune que destrói a produção de plaquetas sanguíneas, células responsáveis pelo processo de coagulação.
Ana Marcela Cunha (Maratona Aquática)
Clive Rose/Getty Images
Para corrigir o problema, ela teve de se submeter a uma cirurgia para retirada do baço e conseguir manter a produção de plaquetas em um nível saudável. Superando o problema, Ana Marcela conquistou seu primeiro ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e outras cinco medalhas nos mundiais até os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Na capital japonesa viria a cereja do bolo. Na prova de 10 km, a brasileira de 1,63 m e 64 kg controlou totalmente a prova desde o início. Seguiu exatamente a estratégia, passando cada volta na posição que deveria passar. Assumiu a ponta nos últimos dois quilômetros para não perder mais e conquistar o título mais importante da carreira.
Medalhas
Jogos Olímpicos
Tóquio 2020: Ouro na prova de 10 km
Campeonatos Mundiais
Xangai 2011: Ouro nos 25 km
Barcelona 2013: Prata nos 10 km e Bronze nos 5 km
Cazã 2015: Ouro nos 25 km, Prata nos 5 km por equipes e Bronze nos 10 km
Budapeste 2017: Ouro nos 25 km e Bronze nos 5 e 10 km
Gwangju 2019: Ouro nos 5 e 25 km
Budapeste 2022: Ouro nos 5 km e Bronze nos 10 km
Fukuoka 2023: Bronze nos 5 km
Doha 2024: Bronze nos 5 km
Campeonato Pan-Pacífico
Tóquio 2018: Bronze nos 10 km
Jogos Pan-Americanos
Lima 2019: Ouro nos 10 km
Santiago 2023: Prata nos 10 km
Jogos Sul-Americanos
Buenos Aires 2006: Ouro nos 5 e 10 km
Medellín 2010: Ouro nos 5 km e Prata nos 10 km
Santiago 2014: Ouro nos 3 km por equipes e Bronze nos 10 km
Assunção 2022: Ouro nos 10 km geRead More

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