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Rafaela Silva: medalhas, história, altura e idade da judoca

Rafaela Silva: medalhas, história, altura e idade da judoca

Violência, dopping, racismo: saiba tudo que Rafaela Silva precisou enfrentar pra se tornar medalhista olímpica e buscar o bicampeonato em Paris Minha Medalha: judoca Rafaela Silva e o ouro nas Olimpíadas do Rio
Muito orgulhosa de suas origens, Rafaela Silva é nascida e criada na Cidade de Deus, uma das maiores e mais famosas favelas do Rio de Janeiro. A judoca brasileira que conquistou o país e o mundo com o sucesso nos tatames, continua a inspirar não só pelo talento no esporte, mas também pela sua história de superação.
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Desde a medalha de ouro na Rio 2016, Rafaela se solidificou como uma das maiores atletas do judô mundial, mas também se dedicou incansavelmente a causas sociais e ao desenvolvimento humano através do esporte. Crescida em um lugar famoso pela pobreza e violência, a judoca superou vários desafios e alcançou a elite do esporte ao ser campeã mundial e campeã olímpica.
História
Rafaela Silva é uma judoca brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 24 de abril de 1992. Atualmente com 32 anos, ela tem 1,68 de altura, compete na modalidade peso leve (até 58 kgs) e se destaca não apenas por suas habilidades e conquistas no esporte, mas também por sua história inspiradora de superação e conquistas.
Desde jovem, Rafaela mostrou um talento diferenciado para o judô, iniciando sua carreira aos 8 anos de idade. Ela foi descoberta e se tornou atleta do Instituto Reação, ONG do judoca Flávio Canto, bronze olímpico na categoria até 81kg em Atenas 2004. Os pais Luiz Carlos e Zenilda Silva, preocupados com o tempo ocioso e querendo evitar más companhias, inscreveram Rafaela e a irmã no judô.
Rafaela Silva exibe medalha de ouro no Pan de Santiago 2023
Wander Roberto/COB
Conta a judoca que quando pequena gostava mesmo era de jogar futebol, mas a arte marcial foi a alternativa encontrada pelos pais para fazê-la ser mais disciplinada e parar de brigar na rua.
A irmã de Rafaela, Raquel, teve muitas lesões físicas, principalmente no joelho, e precisou se afastar da prática profissional do esporte. Inspirada na carreira vitoriosa de Flavio Canto, Rafaela seguiu seu caminho dedicando-se aos treinos. Com o trabalho social e através do judô, Rafaela encontrou no Instituto Reação não apenas treinamento de alto nível, mas também suporte para enfrentar os desafios da realidade nas comunidades cariocas.
Carreira
A carioca traçou uma carreira promissora e, em 2008, foi campeã mundial sub-20. Em 2011, Rafaela conquistou suas primeiras medalhas em campeonatos de visibilidade mundial: prata no Mundial de Paris e prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em 2016, conquistou a tão sonhada medalha olímpica no Rio de Janeiro.
Racismo
Após ser desclassificada das Olimpíadas de Londres 2012 por aplicar um golpe ilegal na húngara Hedvig Karakas, Rafaela Silva foi vítima de racismo nas redes sociais. A judoca, que desabou no tatame após cometer a infração, foi alvo de xingamentos e ofensas após aquele que considera um dos piores momentos da sua vida.
Rafaela Silva chora ao ser desclassificada nas oitavas do judô em Londres 2012
AFP
Volta por cima
No ano seguinte (2013), com 21 anos, Rafaela superou todos os desafios, venceu a depressão, voltou a treinar e escreveu seu nome na história ao se tornar a primeira brasileira a conquistar a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Judô na categoria peso leve, além da prata por equipes.
E foi na Rio 2016 que Rafaela teve seu momento de maior glória na carreira: a conquista da medalha de ouro. Lutando em casa, a judoca se tornou a única mulher brasileira a conquistar um título mundial e um título olímpico no judô, caindo de vez nas graças da torcida brasileira.
Rafaela Silva exibe sua medalha de ouro olímpica
ANDRE MOURAO/NOPP
Doping
Apesar da conquista do ouro no Pan-Americano de Lima, no Peru, o ano de 2019 ficou marcado por mais um revés na carreira de Rafaela. Após vencer a competição, a atleta foi submetida a um exame antidoping que revelou a presença da substância fenoterol, um broncodilatador proibido pela agência antidopagem.
Rafaela afirmou que o resultado positivo aconteceu em função do contato com um bebê de sete meses que estava sendo tratado para asma, cinco dias antes da competição. Apesar disso, em 20 de setembro do mesmo ano o resultado foi divulgado e a Federação Internacional de Judô retirou a medalha da judoca, invalidando a conquista.
Rafaela foi punida com dois anos de suspensão e ficou proibida de lutar judô. A atleta ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Durante a suspensão, Rafaela chegou a considerar uma possível transição para o MMA e passou a treinar as artes marciais mistas, mas não se adaptou.
Rafaela Silva festeja ouro no Pan de Santiago
Foto Wander Roberto/COB
Sem a migração para o MMA, Rafaela se reinventou mais uma vez em 2022 e retomou a sua trajetória vitoriosa no tatame com a conquista do ouro no Campeonato Mundial de Judô e o ouro no Pan de Santiago em 2023.
Em 2024, Rafaela carimbou o passaporte para Paris, e volta para disputar sua terceira participação olímpica. Buscando o bicampeonato, a atleta vai representar o Brasil na categoria peso leve e estreia na competição no dia 29 de julho, na Arena do Campo de Marte, determinada a mostrar que seu maior talento é dar a volta por cima.
Conquistas
Jogos Olímpicos:
Ouro: Rio 2016, categoria até 57 kg
Campeonatos Mundiais:
Ouro: Rio de Janeiro 2013, categoria até 57 kg
Ouro: Tashkent 2022, categoria até 57 kg
Prata: Paris 2011, categoria até 57 kg
Prata: Rio de Janeiro 2013, Equipes
Prata: Budapeste 2017, Equipes mistas
Bronze: Tóquio 2019, categoria até 57 kg
Bronze: Tóquio 2019, Equipes mistas
Jogos Pan-Americanos:
Ouro: Santiago 2023, categoria até 57 kg
Prata: Guadalajara 2011, categoria até 57 kg
Prata: Santiago 2023, Equipe mista
Bronze: Toronto 2015, categoria até 57 kg
DSQ (Desqualificação): Lima 2019, categoria até 57 kg
Jogos Mundiais Militares:
Ouro: Mungyeong 2015, categoria até 57 kg
Ouro: Mungyeong 2015, Equipe geRead More

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