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Análise: Vasco é engolido pelo Atlético-GO e faz pior jogo sob o comando de Rafael Paiva

Análise: Vasco é engolido pelo Atlético-GO e faz pior jogo sob o comando de Rafael Paiva

Dragão se impõe fisicamente, ocupa campo de ataque e anula tentativas de ataque do time carioca; treinador tenta solucionar falta de ideias com Coutinho e Payet juntos no 2º tempo Atlético-GO 1 x 1 Vasco | Melhores momentos | Oitavas de Final | Copa do Brasil
O Vasco apenas sobreviveu em Goiânia na noite de quarta-feira. O empate em 1 a 1 com o Atlético-GO, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, é o melhor resultado possível dentro do futebol que o time de Rafael Paiva apresentou no Estádio Antônio Accioly. Foi o pior jogo da equipe sob o comando do treinador até então.
– Nós não nos encontramos no jogo – resumiu Paiva depois da partida.
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Gramado bom, adversário e estádio que o time encontrou recentemente. A única diferença? Philippe Coutinho titular no meio-campo. Cenário perfeito para nova vitória em cima do Atlético-GO, o que ficou longe de acontecer. O cenário, na verdade, foi de terror para o torcedor vascaíno.
O único momento em que o Vasco teve certo controle do jogo foi nos primeiros cinco minutos. O time ficou com a bola e tentou trocar passes no campo de ataque. Mas uma falha coletiva da defesa, com Paulo Henrique errando passe no meio e Rojas perdido na marcação, o Atlético abriu o placar com Emiliano Rodríguez cedo demais, aos 6 minutos. Bola defensável para Léo Jardim.
Adson voltou ao ataque depois de ser poupado, mas o Vasco não conseguiu encaixar as transições e usar os pontas. Tanto o camisa 28 quanto David pouco agrediram o adversário. Na maioria das vezes que recebiam a bola, os atacantes ou devolviam para a defesa ou não conseguiam dar sequência às jogadas. Também não fizeram um jogo de entrega física na recomposição – Paulo Henrique e Piton ficaram expostos, e o Atlético chegou como quis pelos dois lados e pelo meio.
Vasco perdeu o meio-campo para o Atlético-GO
Ingryd Oliveira/ACG
Tão combativos nas últimas partidas, Hugo Moura e Mateus Carvalho não encaixaram a marcação e o Vasco perdeu o meio-campo. O time terminou a primeira etapa sem cometer uma falta sequer. Neste cenário, o Atlético se viu livre para transitar no campo de ataque, onde passou a maior parte do tempo.
Sem transição e com marcação frouxa, a aposta na maioria das vezes era a bola longa para Vegetti – nestes momentos, o Vasco raramente ficou com a segunda bola. O Atlético pressionou alto e ocupou todos os setores do campo. Teve mais disposição física para ganhar as disputas.
Diferentemente do Vasco, o adversário parou o jogo com falta sempre que o time de Rafael Paiva tentava chegar ao ataque. O Dragão teve o mérito de anular o principal jogador rival: só Coutinho recebeu quatro faltas no primeiro tempo. O meia foi o único vascaíno a olhar para a frente nos primeiros 45 minutos. Sempre que pegava na bola, o camisa 11 tentava iniciar uma jogava ofensiva, mas não conseguiu sair da marcação atleticana.
O Atlético-GO finalizou 11 vezes, contra apenas duas do Vasco. O time carioca ainda salvou duas bolas em cima da linha. O 1 a 0 ficou barato no primeiro tempo. A equipe goiana sobrou.
Números do 1º tempo de Atlético-GO x Vasco:
Posse de bola: 45% x 55%
Finalizações: 11 x 2
Escanteios: 3 x 4
Passes errados: 38 x 44
Faltas cometidas: 13 x 0
Desarmes: 1 x 3
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O que explica a queda de rendimento do time de Rafael Paiva? Tem faltado competitividade. O grande mérito do Vasco com o técnico era a marcação agressiva e recuperação rápida pós-perda. Os pontas, principalmente, não mantiveram o nível de entrega de outros momentos. Sem a recomposição, os laterais ficaram presos, por mérito do Atlético, e a equipe não conseguiu subir pelos lados. Alguém vai precisar correr mais para que Philippe Coutinho tenha liberdade para fazer a diferença.
O treinador, mais uma vez, não conseguiu transformar a conversa do intervalo em mudança de postura no segundo tempo. O Vasco continuou a ser machucado pelo Atlético-GO, o que fez com que Paiva promovesse a entrada de Payet para jogar junto com Coutinho pela primeira vez – uma forma de tentar solucionar a falta de ideias até então.
Foi muito pouco tempo – 10 minutos – para formar uma análise sobre os dois atuando juntos. Coutinho cansou no segundo tempo, e Payet melhorou a qualidade do jogo. O camisa 10 deu mais profundidade ao time. Foi um jogo que o Vasco não conseguiu dominar e, naturalmente, a dupla ajuda pouco sem a bola. Com mais ritmo, os meias poderão ser importantes para controlar as partidas.
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Foram cinco mudanças no segundo tempo – os outros três reforços da segunda janela entraram – e, mesmo assim, o Vasco não entrou no jogo. O time tomou um baile do Atlético-GO, que abriu o campo e empurrou os vascaínos. Léo Jardim fez duas boas defesas.
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O melhor momento do Vasco no jogo foi o gol de empate, aos 42, quando a derrota já estava certa. Se o coletivo pouco funcionou e a genialidade de jogadores como Coutinho e Payet não resolveu, a saída foi a jogada mais corriqueira do time: cruzamento de Piton para finalização de Vegetti – o argentino acertou um lindo voleio e assumiu a artilharia isolada da competição, com cinco gols. O lateral fazia um jogo muito ruim defensivamente, mas precisou de uma subida para clarear o caminho.
Números finais de Atlético-GO x Vasco:
Posse de bola: 43% x 57%
Finalizações: 23 x 7
Escanteios: 7 x 7
Passes errados: 82 x 85
Faltas cometidas: 19 x 5
Desarmes: 5 x 7
O jogo de volta contra o Atlético-GO será na terça-feira que vem, às 21h45, em São Januário. Antes, o Vasco enfrenta o Red Bull Bragantino no sábado, às 19h, pelo Brasileirão, também em casa.
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