Ramón Díaz explica escolhas, admite problemas do Corinthians e aponta duelo “aberto para os dois”

Técnico afirma que não gostou de postura da equipe no primeiro tempo contra o Grêmio Corinthians 0 x 0 Grêmio | Melhores momentos | Oitavas de final | Copa do Brasil 2024
O Corinthians empatou em 0 a 0 com o Grêmio, na noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. A definição da vaga nas quartas ficou para o confronto da volta, na quarta, 7 de agosto, às 21h30, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.
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O técnico Ramón Díaz disse não ter gostado da atuação da equipe no primeiro, mas notou evolução na etapa final, justamente quando o Corinthians ficou com um jogador a menos – Raniele foi expulso aos 8 minutos.
– Eu acho que no primeiro tempo nós não jogávamos bem. O que se viu foi um Corinthians pouco intenso, com muitas dificuldades também no meio. Depois quando a expulsão aconteceu, tínhamos que mudar taticamente. E também o esforço, seja de Yuri, de Romero, Yuri não estava 100%, por isso saiu. Esse mudança tática nos deu frescura com o Giovane, com o Wesley, nos deu muito mais profundidade, até que também tivemos a possibilidade de fazer o gol. A equipe, apesar de estar com 10, essa mudança tática nos favoreceu porque podíamos jogar, podíamos ser mais profundos – declarou o técnico.
– No primeiro tempo não gostei, não gostei, não fomos bem, não fomos finos, fomos complicados. E o resultado é aberto para os dois. Estamos vindo a jogar no domingo e na quarta, no domingo e na quarta, agora jogamos no domingo, depois jogaremos no domingo que vem, e assim sucessivamente. O esforço dos jogadores é exemplar, porque não há descanso, não há tempo de recuperação, e por sorte nós temos agora os jovens que estão crescendo – completou.
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Ramón Díaz, técnico do Corinthians, no jogo contra o Grêmio
Marcos Ribolli
Para esse jogo, Ramón Díaz mudou duas peças na escalação: Matheuzinho foi titular no lugar de Fagner, e Charles estreou como titular no lugar de Ryan.
Coube ao auxiliar e filho de Ramón, Emiliano Díaz, explicar as escolhas:
– Fagner vinha de seis semanas sem jogar. Não sei, você sabe isso. E você acha que pode jogar… Agora eu te pergunto a você. Você colocaria ele para jogar em quase 72 horas depois de seis semanas sem jogar? O risco é muito alto, mas só que é jogador importante. É um jogador vindo lesão. Quem jogou sabe que quando vem de seis semanas sem jogar é muito difícil voltar a jogar. Havia um risco muito alto que Fagner jogue. O Ryan vinha com uma contratura muito forte no adutor. No adutor esquerdo. E por isso não entrou e optamos por Charles, que são mais ou menos as características similares.
O Corinthians enfrenta o Grêmio na partida de volta na quarta-feira, 7 de agosto, às 21h30 (de Brasília), no estádio Couto Pereira, em Curitiba. Antes disso, no domingo, às 16h, o Timão recebe o Juventude, na Neo Química Arena, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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Veja outros trechos da coletiva de Ramón e Emiliano Díaz:
Hugo Souza
(Emiliano) – O Hugo vem fazendo um trabalho maravilhoso desde que a gente chegou. Hoje, eu acho que é dois ou três defesas ao máximo. É um goleiro de time grande. Não tem muito mais. Quando tem, tem que responder. E sabemos que temos uma final no domingo com Juventude. E preparar, primeiro vamos jogo a jogo. O primeiro é Juventude, tentar que a gente se recupere o mais rápido possível. E em casa, aqui a cada jogo, vai ser uma guerra. E para sacar pontos aqui, vão ter que trabalhar muito. Então não estamos com essa mentalidade, e o grupo também sabe. E vamos dar a vida para conseguir os três pontos aqui do local. Depois veremos o que acontece.
Igor Coronado
(Emiliano Díaz) – O Igor, na semana passada, tinha um incômodo no adutor esquerdo. O que acontece é que a gente não pode estar falando tudo o que acontece. Igor é um jogador muito importante para nós, mas bom, com os incômodos, ele vai ter sua chance.
Preparar time sem treinar em campo
– Quando você joga domingo e quarta, domingo ou sábado e quarta, não tem muito tempo para fazer táticos. Então, aí é mais a parte de análise, de mostrar imagens, de falar muito, muito na reunião. Então tentamos fazer que o time trate de entender o posicionamento que a gente pretende.
Poupar jogadores e rodar elenco
– Na rotação não estamos em uma situação limite. Quem melhor está vai jogar. Gostaria muito falar que este jogo não é importante. Mas nós, que chegamos aqui, vamos fazer tudo a final. E quem melhor está. Tomara que todos, que não tenhamos desfalques, que não tenham dores musculares. Mas a rotação vai existir, mas não tão grande. Não pode fazer, porque chegamos muito tempo aqui.
Charles
– Sabíamos que nós tínhamos um determinado setor. O Bidon está fazendo um trabalho muito bom também. Mas nós escolhemos ele porque por aí tinha um pouco mais de profundidade que Bidon, que tem um pouco mais de controle do jogo. Tentamos que seja um pouquinho mais profundo, como ele também no time que estava anterior, também jogou por fora. Erramos nós, cometemos uma roda e ganhamos, que íamos ser um pouquinho mais profundo. E escolhemos isso. Não é que o Bidon está fora, é um garoto com um futuro enorme. E tem que esperar porque, como falei anteriormente, estão brigando um a um e o que a gente escolhe é o que melhor está. Mas Bidon vai ter sua possibilidade, porque é um jogador importante para o clube, para nós.
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