RÁDIO BPA

TV BPA

Rebeca Andrade põe salto inédito de lado por mais medalhas nas Olimpíadas; entenda estratégia

Rebeca Andrade põe salto inédito de lado por mais medalhas nas Olimpíadas; entenda estratégia

Brasileira tem elementos para aumentar notas de dificuldade, mas técnico vê riscos e foca na boa execução para chegar ao maior número de pódios em Paris Rebeca Andrade vai muito bem no salto e consegue 15.100 na final da ginástica
Rebeca Andrade abriu com uma medalha inédita sua sequência de finais nas Olimpíadas de Paris. Na terça-feira, a ginasta de 25 anos liderou o Brasil ao bronze histórico por equipes da ginástica artística. Para se manter no pódio, a campeã olímpica vai colocar de lado o salto inédito Yurchenko com tripla pirueta que submeteu para tentar homologar no código de pontuação. Em vez de aumentar suas notas de dificuldade, a estratégia da brasileira vai ser focar na execução por um número maior de conquistas.
– Tem atleta que você precisa colocar dificuldade para sair nota maior. No caso da Rebeca não. Ela tem uma nota boa, uma nota alta. Você colocar mais dificuldade, é o risco dessa nota final descer. Então vamos nos manter seguros e consistentes. A gente está aqui em um processo que queremos ganhar o maior número de medalhas. Não tem essa de ganhar da Biles. Qualquer medalha. Como a de equipes, estamos muito felizes de sermos bronzeados. Poderíamos ser prata como no Mundial, poderíamos também, se competíssemos melhor. Então a Rebeca vai buscar resultados inéditos para ela – disse o técnico Francisco Porath.
+ Confira o quadro de medalhas dos jogos de Paris
+ Veja a agenda olímpica
+ Olimpíadas de Paris 2024: onde assistir ao vivo e online
+ Rebeca e Jade deixam aberto futuro na ginástica ao fim das Olimpíadas
+ Pontuação da ginástica artística: entenda critérios de notas
+ Veja aqui especial que destrincha o solo de Rebeca
Francisco Porath e Rebeca Andrade
Ricardo Bufolin/CBG
Na quinta-feira, às 13h15 (de Brasília), Rebeca disputa ao lado de Flávia Saraiva a final do individual geral, prova em que a atual vice-campeã olímpica. Ela é favorita junto com Simone Biles. As duas lideraram as classificatórias com vantagem para a americana: 59,566 x 57,700. Na final por equipes, a distância diminuiu: 58,332 a 57,966.
Rebeca Andrade recebe 14,200 no solo e Brasil segue na briga por medalha na final da ginástica
A brasileira tem margem para crescer em dificuldade em todos os aparelhos. No salto, pode trocar o Cheng (5,6 de dificuldade) pela inédita tripla pirueta (6,0). Nas barras, além de ligar todos os elementos, pode sair de Fabrichnova (duplo mortal com dupla pirueta) e aumentar em dois décimos a nota. Na trave, pode acrescentar um segundo layout à sua sequência acrobática de flic + layout, além da saída de tsukahara grupado. No solo, mostrou no treino de pódio de Paris uma ligação de whip com tsukahara esticado (bônus de 0,2 pela ligação) e treinou o giro cossaco.
Rebeca Andrade tem leve desequilíbrio na trave e recebe 14,133 na final da ginástica
Incluir esses elementos, porém, traz riscos. As deduções de execução podem ser maiores que os bônus de dificuldade. Assim, O técnico Francisco Porath considera que tentar se equiparar a Simone Biles em dificuldade não é o melhor caminho. Em Paris, a americano somou 25 pontos de dificuldade na prova por equipes e 25,8 na classificatória, quando trocou o Biles II do salto (6,4 de dificuldade) pelo Cheng (5,6), mesmo salto de Rebeca. A brasileira somou 24 pontos de dificuldade na final por equipes, três décimos a mais do que na classificatória por ter acertado elementos nas barras e no solo.
– É como em Tóquio. A primeira medalha saiu com a Rebeca no individual geral, uma prata. Quando saiu já era inédita. A gente foi para a final (do salto) mais tranquilo. Ganhamos o ouro. Foi muito bom. Quando essa medalha já sai no número de finais que a gente tem, dá uma não digo tranquilidade, porque as finais são difíceis, são longos dias. Rebeca e Flávia têm de fazer os quatro aparelhos de novo. É muito desgastante. A gente vai vendo que um aparelho melhora um pouco, outro cai. Manter essa constância é difícil. Você com uma medalha no peito fica mais fácil, não tem essa carga de “preciso ganhar, preciso ganhar”. A gente vai estar bem tranquilo.
Rebeca Andrade se apresenta nas barras e consegue 14,533 na final da ginástica geRead More

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *