Artur Jorge vê “belíssimo” jogo do Botafogo e admite frustração com empate contra o São Paulo
Treinador cita 30 finalizações e duas bolas na trave para justificar desapontamento, mas lembra que objetivo é ser superior novamente no jogo da volta, no Morumbis, na próxima semana Botafogo 0 x 0 São Paulo | Melhores momentos | Quartas de final | CONMEBOL Libertadores
Terminou tudo igual na primeira partida das quartas de final da Libertadores entre Botafogo e São Paulo – 0 a 0 que teve o time mandante bem superior nos 45 minutos iniciais no estádio Nilton Santos com 40 mil pessoas. O Alvinegro desperdiçou chances, mas não conseguiu sair na frente.
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Ao lado de Marlon Freitas, Artur Jorge elogia atuação do Botafogo
Jessica Maldonado
A volta será no Morumbis, às 21h30, na próxima quarta-feira. Quem vencer, vai às semifinais. O empate leva a decisão da classificação para os pênaltis.
No sábado, o Alvinegro, líder do Brasileirão, enfrenta o Fluminense, que luta contra o rebaixamento. A partida está marcada para sábado, às 18h30, no Maracanã.
O técnico do Botafogo, Artur Jorge, admitiu frustração com o empate sem gols. Lembrou o volume ofensivo da sua equipe e deixou claro, porém, que a ideia é ser novamente superior contra o São Paulo na casa do adversário. Para completar o duelo como superior e merecer avançar para as semifinais.
Artur Jorge: “Fizemos um belíssimo jogo contra uma equipe que veio só se defender”
– Hoje o problema que nós tivemos foi porque tivemos uma equipe que veio procurar apenas isso, defender o resultado, jogar com 11 homens atrás. Mas nós fizemos aquilo que nos competia. Nós hoje fizemos um belíssimo jogo. Nós fizemos um jogo que era suficiente para ganhar, se tivéssemos tido mais eficiência no que conseguimos construir. E naturalmente para nós é mais frustrante este resultado. Propriamente para quem veio não perder. Nós procuramos jogar para ganhar. Hoje a nossa exigência é cada vez maior também. E a nossa exigência não tendo ganho, mesmo que tendo uma superioridade tal, em função daquilo que são 65% de posse de bola, 30 finalizações no gol adversário, duas bolas na trave… já diz tudo que do que tivemos durante toda a partida. Mas a verdade é que aquilo que nós procuramos e aquilo que era importante para o jogo, que era ganhar, não conseguimos. Mas estamos numa eliminatória, nas quartas de final, onde o equilíbrio e aquilo que é a exigência numa eliminatória não se mede num jogo só, mede-se em dois. E nós hoje tivemos o primeiro desafio cá, fomos superiores, vamos tentar ser superiores também na próxima quarta-feira em São Paulo, para podermos ganhar o jogo, para passar à eliminatória, porque é o nosso objetivo – disse o treinador português.
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Queda no segundo tempo?
– Nós não caímos no segundo tempo. É normal e natural de uma equipe que desde o primeiro minuto sobe e tem a responsabilidade de subir, que haja depois menor energia para conseguirmos fazer as coisas com a mesma intensidade. Eu acho que vocês devem olhar precisamente para o oposto. Vejam a primeira metade, a quantidade de tempo que nós tivemos em constante pressão sobre o adversário. Jogamos os primeiros 45 minutos e 45 minutos de tempo não útil de jogo, infelizmente também para isso. Muito infelizmente nós hoje tivemos tempo não útil, com toda a certeza baixíssimo, e lamentável para quem queira um futebol de outra dimensão. Mas durante os primeiros 45 minutos nós tivemos grande parte desse tempo em pressão alta, em constante intensidade de toda a equipe a procurar condicionar, recuperar e depois ter também a capacidade de assumir o jogo ofensivo que queremos. E portanto isso para mim é que é um valor, nós podemos ver sempre aquilo que nos interessa. Eu vejo uma equipe desta forma, não vejo uma quebra no segundo tempo. Vejo uma equipa que procurou até ao fim da parte final. Fomos perdendo alguma organização, fomos tendo os jogadores mais desgastados, fomos tendo mais dificuldades. Uma equipe que também se encostou mais junto à sua grande área e que procurou transições, procurou meter mais alguns jogadores na frente mais rápidos para tentar tirar proveito de algum erro que pudéssemos conter cá atrás. São sempre contextos e variabilidades que o jogo mostra, mas não acho que a gente tenha tido queda de rendimento. Fizemos um jogo belíssimo hoje e para mim, enquanto treinadores, estou satisfeito. Já disse a eles. Temos que ter a cabeça levantada daquilo que fizemos. Percebam daquilo que é a desilusão do resultado, mas a exigência que nós temos é isto mesmo, é ficar desiludidos quando não ganharmos. Mas sempre com a positividade de que há mais um jogo. Calma. Temos mais um jogo para buscar aquilo que nós queremos.
Duelo com o São Paulo
– Eu disse no início. Íamos ter pela frente uma equipe muito competente, de qualidade. Continuo a manter a ideia, foi um jogo difícil e é uma eliminatória difícil que temos pela frente. Do outro lado, acredito que pensam o mesmo tendo o Botafogo como adversário. Isso nos dá algum conforto, respeito, pelo fato de não perder com o Botafogo. As estatísticas vamos analisar para avaliar. Temos que procurar fazer melhor do que fizemos, sermos mais eficazes. Vamos ter uma partida que vamos disputar até o fim, para fazermos o que queremos ser possível.
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Tiquinho no lugar de Luiz Henrique
– Quando coloco um tenho que tirar outro. Para ter um jogador que segura a bola na frente, ele consegue 10 vezes mais do que o Luiz. Nós já estávamos no último terço, não tínhamos muito espaço para atacar. Tínhamos que procurar chegar em bolas frontais e laterais na zona de finalização. Procuramos não ter só o Igor, queríamos dois homens para finalizar quando a bola chegasse àquela zona.
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Dificuldades em São Paulo
– Não causa preocupação maior o fato de nós levarmos daqui este 0 a 0, que leva tudo igual para o segundo jogo. O fato de jogarmos fora de casa tem sido também onde nós conseguimos, na grande maioria desses jogos também, ser motivo de superação nosso. Não tem sido um problema muito grande para nós. Obviamente que eu queria hoje ser daqui com vantagem, acho que fizemos o suficiente. Era justo pelo que fizeram que eu conseguisse sair daqui com essa vantagem, mas não aconteceu, nós temos de olhar para aquilo que é o futuro, aquilo que está no passado, não podemos alterar. Temos de nos preparar e estar, acima de tudo, positivos para aquilo que vamos ter pela frente.
Impressões de Vitinho
– Falar dessa parceria, acho que é mais justo falar do entrosamento do Vitinho. Ele chegou mais tarde, está em adaptação na nossa forma de jogar, nas dinâmicas da equipe, para ser uma alternativa. Também temos o Mateo, que fez jogos interessantes. O Luiz ocupa a zona da frente mas temos jogadores como o Matheus Martins que podem jogar naquela posição. Procuramos para que todos os jogadores se identifiquem com nossa forma de jogar, principalmente os que chegaram como o Alex, Vitinho e Adryelson. Estamos na reta final e que todos os jogadores estejam aptos.
Espera São Paulo mais ofensivo?
– É incomparável aquilo que possamos tentar comparar com adversários e com jogos em momentos diferentes. Nós temos que olhar para aquilo que fizemos hoje, para aquilo que procuramos fazer e que já fizemos a maior parte do tempo, mas hoje não conseguimos dentro dessas finalizações e das muitas tentativas de finalização ineficácia nossa. Nós temos que procurar recuperar aquilo que é essa capacidade de produzir e finalizar.
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