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Mais da metade das torcedoras na Inglaterra foi alvo de sexismo, aponta pesquisa

Mais da metade das torcedoras na Inglaterra foi alvo de sexismo, aponta pesquisa

Pesquisa revela aumento do comportamento de discriminação a mulheres no futebol inglês; 85% das torcedoras não denunciam abusos por receio de não serem levadas a sério ONG lança campanha contra o sexismo no futebol da Inglaterra
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Mais de 50% das torcedoras de futebol da Inglaterra foram vítimas de sexismo em dias de jogo. É o que aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela organização não-governamental “Kick it Out”, que combate diferentes formas de discriminação no esporte. A ONG lançou campanha sobre o assunto (vídeo acima).
A pesquisa foi realizada com base em entrevistas com mais de 1500 mulheres e torcedores que não se identificam nem 100% como homem, nem 100% como mulher. O estudo teve como objetivo examinar no futebol o sexismo — atitude de discriminação fundamentada no sexo — e a misoginia (preconceito, propagação do ódio ou aversão contra mulheres por razões da condição de sexo feminino).
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85% das mulheres ou torcedores não-binários não denunciam abusos
Getty Images
Cerca de 52% desse conjunto de torcedores sofreram com comportamentos ou linguagem sexistas em dias de jogo na Inglaterra. Além disso, 85% nunca denunciou esse tipo de abuso, porque não consideraram que isso seria levado adiante seriamente. As entrevistas foram conduzidas em jogos de futebol masculino, na maioria.
A pesquisa da “Kick it Out” constatou aumento de comportamento sexista nos últimos dois anos. Uma em cada quatro mulheres relatou ter se sentido insegura em estádios de futebol. Entre os abusos citados estão perguntas sobre o seu conhecimento do esporte, assobios, violência física e até assédio sexual.
Cerca de 53% das entrevistadas disseram ter ouvido comentários sobre “estar em outro lugar”, como a cozinha. Mais de 45% foram alvo de “pedidos obscenos” e 27% sofreram com “linguagem sexual agressiva”.
— O futebol precisa se posicionar e enfrentar o sexismo, garantir que ele seja encarado seriamente, e que a mulher se sinta segura e confiante para relatar discriminação — comentou Hollie Varney, chefe de operações da “Kick it Out”.
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